sábado, 31 de julho de 2010

NATALIE MERCHANT: VOZ, POESIA E ALMA




Natalie Merchant, a voz inconfundível dos 10.000 Maniacs, entregou-se durante seis anos àquele que considera ser o projecto “mais elaborado” que alguma vez completou ou sequer imaginou. Leave Your Sleep, o primeiro álbum de estúdio desde 2003, é uma fulgurante colecção de 26 poemas em língua inglesa (supostamente) para crianças, por onde passam autores anónimos, nomes obscuros do século XIX e alguns consagrados como Robert Louis Stevenson, e.e. cummings ou Edward Lear. Ternos e melancólicos, uns; eivados de fantasia e humor nonsense, outros – todos adquirem uma qualidade rara na interpretação de Natalie Merchant, que pôs a plateia das Ted Talks a bater palmas entusiásticas – para depois mandar calar toda a gente, porque a música assim o exigia. O que se pode ver e ouvir aqui são algumas das canções de Leave Your Sleep, com Natalie Merchant acompanhada por excelentes intérpretes, por vezes soando como uma orquestra de câmara e outras como uma banda de blues. O disco demorou um ano a gravar e reuniu os contributos de uma centena de músicos de vários géneros.

Todos os poemas estão reproduzidos no site oficial, onde também se podem ouvir excertos das músicas durante tempo suficiente para ir a correr comprar o disco. Este vem acompanhado de um booklet de 80 páginas muitíssimo bem feito, com texto e fotografia, contendo informações preciosas acerca dos autores musicados, resultado da investigação de Natalie Merchant ao longo de cinco anos. Se isto não é o projecto de uma vida…

sexta-feira, 30 de julho de 2010

QUERO UM


"Colecção de Futuros" é o nome (feliz) do novo programa do serviço educativo do Museu Nacional de História Natural e do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, também conhecidos por Museus da Politécnica. Adoro o cartaz!

NOVOS E VELHOS

“Os escritores mais novos sabem, regra geral, quem são os escritores mais velhos. Amem-nos ou detestem-nos, já viram as suas caras em fotografias e cumprimentam-nos manifestando a sua admiração ou escondendo a sua impressão negativa e reduzindo-se a epígonos ou meros principiantes de uma arte comum. Alguns escritores mais velhos lêem o que os mais novos escrevem (poucos) e estimulam-nos (menos ainda), escrevendo textos críticos em suplementos literários e indicando as suas obras para prémios quando fazem parte do júri. Outros (a maioria) não fazem a mais pequena ideia de quem veio depois deles, nem mostram qualquer interesse em saber quem ficará a escrever no seu país quando, fatalmente, partirem deste mundo.” Ler o resto aqui.

Maria do Rosário Pedreira escreve sobre uma coisa que me faz muita confusão: a voluntária, persistente e, por vezes, sobranceira ignorância que os escritores já consagrados (no caso, de literatura infanto-juvenil, a “minha dama”) dedicam a quem começa a escrever. A história que MRP conta é de ir às lágrimas, mas a primeira parte do post, acima reproduzida, é o que importa reter. Para reflectir.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

SERVIÇOS MÍNIMOS


Até 1 de Outubro, data em que irei para a residência de escritores da DGLB, em Can Serrat (Barcelona), prevejo que este blogue ande como nos últimos dias: paradinho. É que há muito trabalho para deixar pronto e sobra pouco tempo para aproveitar o Verão. E não o fazer é imperdoável.

Adenda: onde se lê "paradinho" deve ler-se "pouco activo". Não sejamos radicais, vá.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

COMO EU ESTOU, TU ESTARÁS


Ainda a propósito do livro de Neil Gaiman e deste post, vale a pena registar um elemento que percorre toda a narrativa, a saber: a caracterização das personagens mortas (The Graveyard Book, pois então…) a partir das respectivas inscrições nas lápides, plenas de charme retro e de um finíssimo humor negro. Por exemplo:

- Dr. Trefusis (1870-1936, Que desperte na glória)
- Menina Liberty Roach (O que ela gastou perdeu-se, o que deu permanece com ela para sempre. Leitor, sê caritativo)
- Digby Poole (1785-1860, Como eu estou, tu estarás)
- Thackeray Porringer (1720-1734, filho do anterior)
- Menina Euphemia (1861-1883, Ela dorme, sim, mas dorme com os anjos)
- Thomas R. Stout (1817-1851, Chorado com tristeza por todos quantos o conheceram)
- Alonso Tomás Garcia Jones (1837-1905, Viajante, pousa o teu
bordão)

E o meu preferido:

- Menina Letitia Borrows, Celibatária desta Paróquia (Que não fez mal a homem algum em todos os dias da sua vida. Leitor, podes dizer o mesmo?)

Autênticas ou forjadas, é mais do que provável que Gaiman tenha tido ajuda neste processo de investigação; mas quem gosta de perscrutar cemitérios sabe que, em matéria de dedicatórias post-mortem, a realidade tende a superar a ficção.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ECOLITERACIA


Sendo o meio universitário o espaço onde se desenvolve, por excelência, o pensamento contemporâneo sobre a literatura para crianças, o livro infantil ou o que lhe queiram chamar, é bom que projectos como o de Ana Margarida Ramos e Rui Ramos saiam da sombra. Cruzando os valores éticos da ecologia com a literatura/estética do livro para crianças, o projecto Ecoliteracia (do Centro de Estudos da Criança da Universidade do Minho) pode ser conhecido aqui. Não percam as sugestões de leitura, até porque estamos no Verão. E sim, o Ainda Falta Muito? é um deles. Para quem veja aqui uma subliminar declaração de interesses, aviso que se trata de um livro completamente fora de moda, saído em Julho do ano passado. Não o procurem, porque vai ser ser difícil encontrá-lo.

SO LONG, MARIANNE


Este blogue não está de férias. Mas gostava de estar.

(Fotografia de Marianne North, artista vitoriana e uma das primeiras mulheres a viajar para os Antípodas, a fim de registar as espécies botânicas da Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia. O seu trabalho está exposto permanentemente num pavilhão dos Royal Botanic Gardens, em Kew.)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A ARTE DE ESCREVER CASSETES


"«Para mim, gravar uma cassete é como escrever uma carta», diz Bob Flemming, o protagonista de Alta Fidelidade, primeiro romance de Nick Hornby e um must para os que passaram as últimas décadas do século XX a comprar discos de vinil e a gravar cassetes em casa.

Lembram-se dessa espécie que tratava a música como uma religião e a aparelhagem como um altar? Gente para quem uma TDK não era o mesmo que uma BASF. Que sabia as diferenças entre cassetes de «tipo I» e «tipo IV». Que só escolhia a «posição normal» se não tivesse dinheiro para mais no bolso. Que nunca juntaria na mesma fita o Phil Collins com os Durutti Column, a Samantha Fox com a Marianne Faithfull, os Wham! com os Red House Painters. Gente que levou muito a sério o conselho de Nick Hornby («… e não vale a pena fingir que qualquer relação pode ter futuro se as vossas colecções de discos são violentamente discordantes»), pelo menos até ao momento em que o celibato se tornou demasiado penoso. Que música escolheríamos para dizer isto? Hum… Que tal Holding Back the Years, dos Simply Red?

Gravar uma cassete em casa é como escrever uma carta, sim. Podia dizer-se tudo. Ambas representam um acto criativo, artesanal, individualista. Gravavam-se cassetes para ouvir na auto-estrada, cassetes para as férias, cassetes para dias cinzentos, cassetes para noites especiais (Brian Ferry + Grace Jones + Prince = sucesso garantido). Se escolher os temas era um gozo, atentar na ligação entre eles, ponderando cada minuto de fita disponível, exigia rigor e atenção. Uma cassete gravada de forma displicente, com raccords mal feitos e faixas cortadas, é como uma carta mal pontuada. A questão é saber se já ninguém escreve cartas porque deixou de gravar cassetes ou ao contrário.

Hoje mandamos e-mails e descarregamos música. Que diferença."

(Texto publicado na edição de 18 de Julho da Notícias Magazine, revista de domingo no DN e JN, na secção "Nostalgia". Na mesma página, há uma legenda que diz "Lembram-se dessa gente para quem uma TDK não era o mesmo que uma BASF?". Não assinei e não gosto. Nunca trataria "a minha gente" por "essa gente".)

domingo, 18 de julho de 2010

O VERÃO É ISTO, ASSIM


Risos, tagarelice, vadiagem, gaivotas a voar baixo, crianças sentadas nos muros, infinitos pretextos para abraçar alguém, a sensação do tempo que resta e o sol a dilatar todos os pormenores à nossa volta, como uma miragem prodigiosa. Há discos que só consigo ouvir no Verão e este é um deles: Simple Things, dos Zero 7. Em repeat.

SINAIS DOS TEMPOS, 2


“Normalmente as crianças… vivem com a mãe e o pai. Mas em alguns países é diferente e podem viver com duas mães ou com dois pais.

Algumas crianças… vivem só com a mãe ou só com o pai.

Há crianças que vivem em pequenas famílias.
Há crianças que vivem em grandes famílias, com os avós, ou com o pai e a madrasta e os filhos dela, ou com a mãe e o padrasto e os filhos dele.

Algumas crianças são adoptadas.

Outras vivem com famílias de acolhimento.
São as famílias do coração.

Há também crianças que vivem em instituições onde estão pessoas que as acarinham e tratam delas.

Durante o dia, há formas muito diferentes de as famílias conviverem com as suas crianças.

Em geral, os irmãos e as irmãs dão-se bem uns com os outros. Mas às vezes também se zangam.

As famílias podem fazer muitas coisas em conjunto.
Na família, as pessoas confortam-se umas às outras.

As famílias não são todas iguais.
Como é a tua família?”

(Texto retirado de As Famílias Não São Todas Iguais, uma edição original Tango Books agora publicada pela Presença. As ilustrações de Rachel Fuller são indispensáveis à compreensão do livro, enriquecido com técnicas de recorte e pop-ups. Mais reflexos dos "sinais dos tempos" no livro infantil por exemplo aqui.)

MATILDE ROSA ARAÚJO REVISITADA EM EXPOSIÇÃO

O Centro de Estudos e Recursos de Literatura e Literacia, que há três anos inaugurou uma sala com o nome de Matilde Rosa Araújo, andava há algum tempo a preparar uma exposição de aguarelas do ilustrador e designer gráfico Duarte Belard da Fonseca, inspiradas no livro seminal O Cantar da Tila (1967), com desenhos originais de Maria Keil. Em colaboração com a livraria Gupi, em Algés, a exposição está à vista desde quinta-feira passada, prolongando-se até 31 de Julho. Gostávamos de apresentar imagens, mas o formato em que nos foram enviadas não o permite.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O AUTOR E OS SEUS AUTORES


A Estranha Vida de Nobody Owens (The Graveyard Book), editado recentemente pela Presença, já ganhou tudo o que havia para ganhar, incluindo dois dos prémios mais importantes da literatura para crianças nos EUA e Reino Unido – respectivamente, o Newbery e o Carnegie. Quem ainda não leu, aproveite as férias e perceba as razões que fazem deste romance um livro muito superior ao anterior Coraline (que já era bom) e de Neil Gaiman um dos escritores mais dotados da sua geração. Se tudo correr bem, o Prémio Hans Christian Andersen também lhe há-de vir parar às mãos.

Leia-se, também, a página final dos agradecimentos, uma lição de sagesse e humildade que muitos candidatos a “jovens escritores” (e mesmo “velhos escritores”) deveriam ter em conta. Neil Gaiman agradece a Rudyard Kipling e à presença tutelar de O Livro da Selva; aos filhos, que o inspiraram nas concepção da ideia; aos amigos que leram o manuscrito (“Todos detectaram coisas que era preciso corrigir”); aos editores, aos ilustradores e à agente; e, enfim, a todas as pessoas que acrescentaram o seu saber no processo de pesquisa, nomeadamente no que diz respeito a cemitérios, cenário onde se passa a maior parte da acção.

Serve isto para dizer que um livro bem feito é o resultado, muitas vezes, do investimento de uma série de pessoas – além do próprio autor, é claro. Só os inseguros têm medo de ser corrigidos e ouvir sugestões. Ou então querem escrever para si próprios, correndo o risco de apenas serem lidos pelo espelho das suas vaidades.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

UM PRÉMIO ESPECIAL PARA BENFIQUISTAS


Noblesse oblige, O Jardim Assombrado tem preferência pelo verde. Mas não é por isso que vai esquecer o André Letria (nosso compagnon de route no Não Quero Usar Óculos) e a menção honrosa conquistada nos Prémios Junceda, atribuídos anualmente pela Associação Profissional de Ilustradores da Catalunha. A lembrança veio do blogue Letra Pequena, onde se pode procurar mais informação. O livro premiado dá pelo nome de Domingo Vamos à Luz (Pato Lógico Edições) e é assinado pela dupla Letria & Letria. E fala do Benfica, certamente. Parabéns aos campeões!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CITY-BREAKS: BRAGA


Não se pode ter tudo. Perdemos o passeio de barco no Tejo e a apresentação das novidades da Porto Editora por uma boa razão: vamos a Braga assistir ao 8º Encontro Nacional/6º Internacional de Investigação em Leitura, Literatura Infantil e Ilustração, cujo programa pode ser consultado aqui. O Jardim Assombrado fica em pousio até segunda-feira. Até já.

(Imagem retirada daqui.)

CORRE, COELHO


«O meu nome é Ismael. Sou um coelho bravo e vivo no bosque.» Em homenagem a Moby Dick, Miguel Sousa Tavares parafraseou um dos incipits mais famosos da literatura e criou um personagem descendente dos bestiários pedagógicos. Descendente, também, de um pai chamado Coelho Maltese (escusado explicar) que lhe ensina tudo o que há para saber acerca da sobrevivência e um pouco mais, incluindo a linguagem dos homens. Com os neurónios bem estimulados, chega o dia em que Ismael se aproxima da casa onde Frédéric Chopin ensaia os seus «Nocturnos». Rendido à música, acaba por denunciar-se e tornar-se amigo do compositor polaco, que, doente, lhe oferece uma das partituras, «a melhor de todas que ele alguma vez escreveu». Não há muito mais a contar a partir daqui. Miguel Sousa Tavares regressou ao elemento em que nitidamente se sente mais à vontade – a Natureza, a temática ecológica, o relacionamento entre homens e animais… –, mas falta a esta história um pouco (ou muito) de acção e conflito, sem os quais a narrativa não descola. E Miguel Sousa Tavares conseguiu isso com O Segredo do Rio, apesar de depois ter perdido o rumo com O Planeta Branco. Mais do que os nomes dos personagens – uma opção estética do autor –, o que nos causou perplexidade em Ismael e Chopin foi a preferência por um registo contemplativo que, apesar de competente, impede a história de correr como o seu protagonista merece.

Ismael e Chopin
Miguel Sousa Tavares
Ilustrações de Fernanda Fragateiro
Oficina do Livro

(Texto publicado na LER nº 93)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MATILDE, POR JOSÉ ANTÓNIO GOMES


“Conheci pessoalmente Matilde Rosa Araújo em 1989, em Lisboa, na sessão de lançamento desse belo romance juvenil que é Os Olhos de Ana Marta, de Alice Vieira. A cave da Livraria Barata era pequena para albergar tanta gente conhecida e menos conhecida, todos amigos da autora de Rosa Minha Irmã Rosa. Começara, há pouco tempo, a publicar recensões críticas sobre literatura para crianças e a Caminho convidara-me por isso a apresentar o livro. Estávamos em vésperas do Natal, o frio era cortante, eu andava sufocado de trabalho e o meu texto acabou de se escrever no automóvel, em plena A1, sentido Porto-Lisboa, ao lado de uma motorista simpática e que sabe compreender, quase sempre, o meu silêncio nervoso e a minha fleuma de futuro cardíaco. Lembro-me que um dos «meus» poetas, o grego Iannis Ritsos, havia morrido dias antes e entendi por bem homenageá-lo, integrando, no texto de apresentação, um dos seus pungentes poemas sobre as crianças mortas – já que me parecia especialmente talhado para fazer entender, de modo mais intenso, a dor das personagens de Alice Vieira.” (...)

Por José António Gomes, um belo texto dedicado a Matilde Rosa Araújo, tão real quanto sentido. Ler o resto no blogue A Inocência Recompensada. A ilustração é de Marta Madureira e pertence ao livro citado no post anterior.

MATILDE CONTADA ÀS CRIANÇAS


Com texto de Adélia Carvalho e posfácio de Álvaro Magalhães, Um Olhar de Menina (ed. Trinta por uma Linha) é uma aproximação biográfica à vida e obra de Matilde Rosa Araújo, escrita como se fosse uma história para crianças. Atenção às ilustrações de Marta Madureira, uma pequena maravilha. Recorde-se que a autora, também trabalhando em parceria com Adélia Carvalho, recebeu uma das duas menções especiais atribuídas este ano pelo júri do Prémio Nacional de Ilustração, com a obra O Livro dos Medos (ed. Trampolim).

terça-feira, 6 de julho de 2010

MORREU A ERVA DO MONTE


«Acho que sou uma erva do monte», respondeu Matilde Rosa Araújo quando lhe perguntei onde estavam as suas raízes – ela, que já tinha feito tantas estradas e caminhos. O privilégio de a ter conhecido resultou no perfil de uma grande mulher e escritora que contribuiu para trazer a liberdade de pensar e de sentir à literatura para crianças. O artigo completo para a Notícias Magazine, com fotografias de Reinaldo Rodrigues, publicado em Junho de 2007, pode ser lido aqui. Notícia de hoje no Público aqui.

SERVIÇO PÚBLICO


No início de mais um dia de calor infernal, a melhor coisa que posso fazer pelos leitores do Jardim Assombrado – para compensar a ausência de posts nos últimos quatro dias – é convidá-los a passar pela Gelataria Fragoleto (Rua da Prata, 74), onde para mim se encontram os melhores gelados de Lisboa e arredores. Saudáveis, artesanais, criativos e (quase) italianos. Este ano, a novidade é a linha de gelados de flores e plantas aromáticas: poejo e chá verde com hortelã, morango com lavanda, limão com manjericão, biscoito com sementes de papoila, chá earl grey com erva cidreira e violeta, entre outros. Esclareço que ninguém me paga a publicidade grátis. Mas, se o fizerem, pode ser em forma de uma pensão vitalícia de gelados.

UMA NOVA COLECÇÃO: JOÃO PASTEL



“Albert Einstein afirmava que a imaginação era mais importante do que o conhecimento e contava que as suas ideias mais brilhantes apareciam de repente, em forma de cenário. Para demonstrar a relatividade do tempo, ele imaginou-se a cair de um elevador ou a disputar uma corrida à velocidade da luz com um raio. Há quem possa discordar do génio da física, mas é inegável que uma imaginação fértil é determinante para o crescimento das crianças, e que todas elas têm um pouco de João Pastel.”

A partir de 8 de Julho, chegam às livrarias os dois primeiros títulos de uma nova colecção – entre o registo informativo e a ficção – que a editora Booksmile recomenda a crianças a partir dos sete anos. João Pastel é o nome do herói, Michael Broad o autor. Fica um excerto do press-release e a sugestão para saber um pouco mais, aqui.

PERRAULT DE BOLSO


Contos, de Charles Perrault, é um dos novos títulos da colecção BIS (Leya). Para conhecer a verdadeira história do Capuchinho Vermelho.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ESTA SEMANA, NO PINGO DOCE


É muito estranho ouvir o nome de Maria do Carmo Vieira anunciado com a mesma voz que nos fala da alcatra e do azeite gourmet a não sei quantos euros, mas juro que algures entre a florista e o balcão do pão encontrei uma pequena “ilha” destes livrinhos, uma colecção de ensaios lançada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, com coordenação editorial da Relógio d’Água. O Ensino do Português (3,15 euros), escrito por uma professora inconformista e pró-activa, é o primeiro da lista. O que esta senhora pensa e diz – porque há muito quem pense e não ouse dizer – merece sempre ser seguido com atenção. Ver também aqui, aqui e aqui.