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Quando a Vanity Fair lhe perguntou qual era o grande amor da vida dele, Edward Gorey (a quem não se conheciam namoradas nem namorados) respondeu, simplesmente: “Gatos.” Na Elephant House, nome que deu à sua casa em Yarmouth Port, Cape Cod, viveram dezenas de felinos que dominavam o espaço com a liberdade nunca autorizada a qualquer humano. Era frequente saltarem para a secretária e passearem-se sobre as ilustrações, por vezes arruinando horas de esforço, com o beneplácito do autor. Gorey gostava de todos os animais, que acabaram por se tornar os grandes beneficiários do seu testamento. O que incluiu desde associações de defesa de cães e gatos abandonados até outras mais bizarras como a Xerces Society e a Bat Conservation International, protectoras de invertebrados e de morcegos, respectivamente. Era um tipo estranho, mas de uma estranheza admirável.
Na imagem: Mini, a coquette. Uma das presenças habituais nas redondezas do Jardim Assombrado. Fotografia de Guto Ferreira.
Na imagem: Mini, a coquette. Uma das presenças habituais nas redondezas do Jardim Assombrado. Fotografia de Guto Ferreira.
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