Bettie Page, a mais famosa pin-up dos anos 1950, morreu no dia 11 de Dezembro, aos 85 anos. Li a notícia no Público, dois dias depois, e apesar do atrasado da hora também quero prestar aqui a minha homenagem. Bettie era um espírito livre e uma mulher sensual, do tempo em que as mulheres não passavam fome a troco de uma silhueta escalpelizada ao milímetro. Nasceu pobre, estudou Artes, ganhou uma bolsa, foi capa da Playboy, deixou milhares de fotografias pouco ou nada ortodoxas, vestiu-se de dominatrix, de capuchinho vermelho, de leopardo e do que lhe deu na real gana. Um dia teve uma epifania e retirou-se para uma vida de introspecção religiosa, e nunca mais deu autógrafos nem se deixou fotografar. Os meus heróis têm sempre qualquer coisa de contraditório e não necessariamente irreconciliável, um pé no céu e outro no inferno. Acho que isso lhes dá uma grandeza de alma infinita.
Site oficial de Bettie Page aqui.
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