Esta notícia do Público online mal teve tempo de pousar, empurrada por tantos acontecimentos de última hora. Com indícios de ter sido perseguido, foi abatido por caçadores (ou um caçador, pouco importa) o único macho do casal de águias-imperiais que estava a nidificar na região do vale do Guadiana. Algo semelhante aconteceu recentemente no Gerês, em consequência dos incêndios.
Estando os assuntos relativos aos animais fora da agenda dos media – porque incomodam sem venderem e sem moverem influências, basicamente –, não deixa de ser significativo o elevado número de comentários que sempre suscitam. Estão em larga maioria as pessoas que manifestam a sua indignação, felizmente, mas há sempre uns energúmenos cujo único neurónio não consegue abarcar mais do que um problema ao mesmo tempo. Costumam insurgir-se contra o bando de líricos vegetarianos que se preocupa com os animais, quando há tanta gente a ser assaltada, violada, a morrer de fome ou de cancro. Aposto que são esses os primeiros a não mexer uma palha para ajudar nada nem ninguém, sempre com aquele outro argumento imbatível: “Para quê? Isso não vai mudar nada!”. Sinceramente, metem-me nojo.
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2 comentários:
Tem razão Carla,
Quem não tem sensibilidade para se preocupar com animais em vias de extinção, bem pode proclamar que há outras prioridades, mas nós bem sabemos que também nesses casos estão sempre «distraídos» e são incapazes de esboçar um gesto para evitar uma injustiça, mesmo que se passe debaixo dos próprios olhos .
Temos que continuar a protestar contra tudo o que está mal, tendo sempre claro que não há prioridades.
Um abraço e parabéns por estar atenta.
Nocturna
um asco tão grande!
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