É difícil explicar por que motivo a letra de uma canção se entranha na cabeça mesmo quando não percebemos o que diz. Quando tinha 10 ou 11 anos e o inglês era ainda um mistério, os Boney M. estavam no meu Olimpo musical (aliás, vestiam-se à altura desse patamar…). Punha os singles no gira-discos de má qualidade e dançava freneticamente em frente ao espelho ao som de Daddy Cool, Rivers of Babylon, Ma Baker, Belfast, One Way Ticket, Rasputin e outros hits incontornáveis. O encontro sobre as “Poéticas do Rock” que ontem terminou fez-me lembrar deste último. Durante 30 anos, acreditei que o refrão de Rasputin se referia a uma coisa chamada “rush machine”. O que é uma “rush machine”? Nada. Apenas uma amálgama fonética sem sentido. Só outro dia alguém me explicou o verdadeiro refrão: “Ra Ra Rasputin, lover of the russian queen”. Tem tudo a ver, não é? Rush machine… russian queen. As coisas que uma pessoa reaprende sem querer.
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