terça-feira, 26 de maio de 2009

ESTRANGEIROS


“A conversão nada altera: continuamos prisioneiros do nosso nascimento, da terra natal, da língua materna, presos nas teias primitivas da infância. Um quarto de século vivido no Japão por um japonês nunca será metafisicamente equivalente ao mesmo período vivido por um ocidental no mesmo local. A compreensão de um país não se obtém através de um longo investimento temporal, mas segundo a ordem irracional e instintiva, por vezes breve e fulgurante, da pura subjectividade imersa no aleatório desejado.”

(Teoria da Viagem, Michel Onfray, ed. Quetzal, pág. 63)

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