Um excerto da entrevista a Alice Vieira, publicada na edição de hoje da Notícias Magazine, com texto de Catarina Pires e fotografias de Rui Coutinho:
"Nestes trinta anos, já publicou mais de setenta livros. É obra! Onde vai buscar a matéria para tanta produtividade?
Pois, parece que sim [suspira]. Além da minha infância e dos meus filhos, vou sempre ou quase sempre buscá-la ao meu dia-a-dia. Saio e quando chego a casa já trago um romance para escrever. Matéria-prima nunca falta desde que se esteja com atenção. O António Torrado costuma dizer que para escrever uma história basta olharmos pela janela.
Consegue dizer o que é que gosta mais de escrever?
O mais difícil é o que escrevo para crianças. Tenho o dobro do trabalho e levo o dobro do tempo a escrever pequenas histórias para os mais novos porque tenho de estar sempre a pensar que idades têm, se percebem determinada palavra ou não. Por isso, prefiro escrever romance. Sou muito egoísta quando estou a escrever; sou eu, a máquina e mais ninguém, e escrevo para mim. Sou muito, muito exigente, mas é comigo, já deitei fora romances completos quando os ia entregar.
As crianças e jovens são os que mais lêem neste país. Mas são bons leitores?
"Nestes trinta anos, já publicou mais de setenta livros. É obra! Onde vai buscar a matéria para tanta produtividade?
Pois, parece que sim [suspira]. Além da minha infância e dos meus filhos, vou sempre ou quase sempre buscá-la ao meu dia-a-dia. Saio e quando chego a casa já trago um romance para escrever. Matéria-prima nunca falta desde que se esteja com atenção. O António Torrado costuma dizer que para escrever uma história basta olharmos pela janela.
Consegue dizer o que é que gosta mais de escrever?
O mais difícil é o que escrevo para crianças. Tenho o dobro do trabalho e levo o dobro do tempo a escrever pequenas histórias para os mais novos porque tenho de estar sempre a pensar que idades têm, se percebem determinada palavra ou não. Por isso, prefiro escrever romance. Sou muito egoísta quando estou a escrever; sou eu, a máquina e mais ninguém, e escrevo para mim. Sou muito, muito exigente, mas é comigo, já deitei fora romances completos quando os ia entregar.
As crianças e jovens são os que mais lêem neste país. Mas são bons leitores?
São. Muito por causa da escola continuam a ser bons leitores. Penso que temos de os cativar para o gosto da leitura muito antes disso, desde bebés, habituá-los a mexer nos livros, contar-lhes as histórias, só assim serão adultos que lêem."
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