A propósito do post anterior, e para quem não está familiarizado com as aventuras de Dante e Bea na distopia do Dr. Sigmundus, recupero o texto publicado na LER nº 77 (Janeiro 2009):
Gente Vazia
Brian Keaney
Tradução de Susana Rodrigues de Carvalho
Gailivro
Primeiro volume de uma trilogia já caucionada pelo «mestre» Philip Pullman, Gente Vazia (The Hollow People) é um exemplo da vitalidade do romance juvenil inglês na era pós-J.K. Rowling, com a vantagem de dispensar modismos extraliterários. Porque é de boa prosa que se trata, no cruzamento dos universos fantásticos e do gótico vitoriano, tudo enformado pela herança católica de um autor com raízes irlandesas. A educação religiosa entre freiras e padres jesuítas, à qual Brian Keaney se refere sem saudades, não andará longe deste cenário sombrio que traz dois mundos em conflito: um, a sinistra ilha de Tarnagar, local do sanatório onde um tal Dr. Sigmundus vigia e aniquila a capacidade de sonhar (pobre Freud…); outro, Moiteera, a cidade em ruínas transformada em território de guerrilha, onde sobrevive um punhado de resistentes cuja maior arma é a «força odílica», o poder de manipular realidade e ilusão. Brian Keaney recuperou um dos pares amorosos mais célebres da História para dar nome aos seus heróis: Dante e Beatrice. Inadaptados, confusos e anti-sociais, cabe-lhe iniciar a descida aos infernos governados pelo Dr. Sigmundus. The Gallow Glass e The Mendini Canticle são a continuação aguardada em português.
Gente Vazia
Brian Keaney
Tradução de Susana Rodrigues de Carvalho
Gailivro
Primeiro volume de uma trilogia já caucionada pelo «mestre» Philip Pullman, Gente Vazia (The Hollow People) é um exemplo da vitalidade do romance juvenil inglês na era pós-J.K. Rowling, com a vantagem de dispensar modismos extraliterários. Porque é de boa prosa que se trata, no cruzamento dos universos fantásticos e do gótico vitoriano, tudo enformado pela herança católica de um autor com raízes irlandesas. A educação religiosa entre freiras e padres jesuítas, à qual Brian Keaney se refere sem saudades, não andará longe deste cenário sombrio que traz dois mundos em conflito: um, a sinistra ilha de Tarnagar, local do sanatório onde um tal Dr. Sigmundus vigia e aniquila a capacidade de sonhar (pobre Freud…); outro, Moiteera, a cidade em ruínas transformada em território de guerrilha, onde sobrevive um punhado de resistentes cuja maior arma é a «força odílica», o poder de manipular realidade e ilusão. Brian Keaney recuperou um dos pares amorosos mais célebres da História para dar nome aos seus heróis: Dante e Beatrice. Inadaptados, confusos e anti-sociais, cabe-lhe iniciar a descida aos infernos governados pelo Dr. Sigmundus. The Gallow Glass e The Mendini Canticle são a continuação aguardada em português.
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