domingo, 14 de março de 2010

VISTO DO UMBIGO


Não li o best-seller de Alice Sebold, The Lovely Bones (por cá traduzido como Visto do Céu, na edição da Casa das Letras). É a história do assassínio de uma adolescente de 14 anos que ascende a um universo paralelo post-mortem, passando a observar desde aí as transformações familiares e afectivas ocorridas naquele subúrbio de uma cidadezinha da Pensilvânia, onde se oculta o psicopata disfarçado de bom vizinho. Não li, mas agora estou mais curiosa. Custa a crer como é que Peter Jackson conseguiu fazer um filme tão mau. Parece que depois da saga de O Senhor dos Anéis, o homem não consegue trabalhar sem o botox dos efeitos especiais. Visto do Céu é uma mistura de thriller com drama familiar (que vira comédia quando não deve e estraga tudo), enquadrado num registo fantástico com laivos de new age, uma estética alucinogénia de postal piroso (com “mensagem”) e cenários virtuais de fazer inveja aos inventores do My Little Pony. Os actores vão muito bem, mas não chegam para salvar o filme do desastre. Peter Jackson conseguiu dar de cabo de tudo sozinho. Que fantochada.

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