sábado, 22 de maio de 2010

JORNADAS DE TRADUÇÃO LIJ, 1




A fechar o primeiro dia das Jornadas Internacionais de Tradução de Literatura Infanto-Juvenil, a professora Maria da Graça Bigote Chorão (Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Universidade de Vigo) apresentou os resultados preliminares da tese de doutoramento em que investiga o impacto da dobragem no público infanto-juvenil. Os gráficos de barras em que sintetizou a evolução da programação televisiva destinada às crianças - nas últimas décadas e nos quatro canais principais - permitem concluir que a exibição de desenhos animados e séries de televisão nas suas versões originais são hoje uma verdadeira raridade (e não vamos aqui incluir "Os Simpsons"), como acontece há mais tempo em países como Espanha, França, Itália ou Brasil. Confesso que não me tinha dado conta deste primado do português falado às horas preferidas da miudagem, por razões que facilmente depreenderão. Sim, continuo a lembrar-me do Sandokan em italiano e do Michel Strogoff em francês – e gosto disso. Não sei bem se as gerações habituadas à dobragem vão continuar a ter aquela "facilidade" em falar e aprender línguas estrangeiras de que às vezes gostamos de nos gabar. Vamos esperar para ver. O estudo e a realidade.

(Em cima, com música de Bach, o genérico da série “Era Uma Vez… o Homem” e um excerto do primeiro episódio, tal como passou por cá no final dos anos 1970 – em francês. Também já escrevi um post sobre este tema.)

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