terça-feira, 31 de agosto de 2010
TONY DITERLIZZI A SOLO
Não sou grande fã das Crónicas de Spiderwick, o best-seller de Tony DiTerlizzi e Holly Black que já passou ao grande ecrã. Sempre me fez confusão a escrita “a quatro mãos”, a “seis mãos” ou no regime de qualquer outro múltiplo. Para mim, a escrita corresponde a um pensamento individual, único, original. Não sei como duas pessoas conseguem pôr-se de acordo sobre o que escrever, quando se trata de contar a mesma história; e muito menos sobre como editar o que “o outro” escreveu. Enfim, provavelmente tudo se explicará pela minha inexperiência no assunto. Ainda assim, comparando Spiderwick com o registo a solo de Tony DiTerlizzi, não há dúvida de que o segundo ganha por larga vantagem, no estilo e na construção da narrativa. Cheio de piscadelas de olho ao cinema e de homenagens aos clássicos da literatura (a começar por O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame) Kenny e o Dragão foi um livro de leitura compulsiva, que me fez fazer batota e espreitar o final da história, não fosse dar-se o caso de morrer entretanto e ficar sem saber como acaba o livro (para quem não se lembra, esta ideia já foi levada ao cinema por Billy Cristal, num dos melhores gags do filme When Harry Met Sally). Falarei do livro numa das próximas edições da LER.
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