quarta-feira, 15 de setembro de 2010
NOVOS TOQUES DA COLECÇÃO GRAMOFONE
Uma cantiga em maluquês
Era uma vez uma vez
esta cantiga maluca
zuca truca bazaruca
toda escrita em maluquês.
Azulada zubidélia
trinca trunca e antimónia
bata lula bulodélia
vale de pisco da parvónia.
Ciberlosa vitis valia
xara tara de tilência
a mistélia da marália
deu-lhe um prato de permência.
Restilhosa ressonância
traz o trancho do tugúrio
risca o visco da vacância
morde o peso da pasmúria.
Era uma vez uma vez
esta cantiga maluca
zuca truca bazaruca
toda escrita em maluquês.
(“Uma cantiga em maluquês”, poema de José Fanha, in Esdrúxulas, Graves e Agudas, Magrinhas e Barrigudas, o mais recente livro da colecção Gramofone, em que cada livro aborda um tema diferente da gramática portuguesa. Comme d’habitude, as ilustrações são de Afonso Cruz.)
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