domingo, 31 de outubro de 2010
A RESIDÊNCIA ESPANHOLA, 26
Foto de grupo tirada ontem à noite, na véspera da partida de M. Ramalingam para a Índia. Por que razão estamos todos a fazer gestos estranhos? Não, não foi nada que tivéssemos bebido... A ideia foi identificar o país de origem de cada um na linguagem dos surdos-mudos, uma das formas de comunicar com o “Rama”, além do recurso adicional ao papel e caneta.
Assim, da esquerda para a direita, vemos a australiana Nicole em pose de canguru, seguida do Gilbert, fazendo o “C” de Canadá, e da Desirée, que puxa o pico de uma montanha suíça a partir do braço esquerdo. A Cynthia, de lenço verde ao pescoço, faz o signo dos Estados Unidos – as mãos cruzadas em forma de águia –, no que é imitada pela Jessica, de inconfundível casaco cor-de-rosa, em baixo. A mim coube-me um prosaico “P” de Portugal, e dou graças a deus por não me terem mandado pôr as mãos em forma de bola de futebol. Atrás de nós está a Eva, a fazer o que lhe deu na gana, porque ninguém sabia como se dizia “Noruega”. Podia ter sido pior. A Carmen, espanhola, não se vê muito bem, mas faz o mesmo gesto no braço que o Marcel, que está de boina axadrezada, já na fileira de baixo. Do lado direito dele (esquerdo, na fotografia), “Rama” aponta para a própria testa com o indicador e Otto desenha com as duas mãos as Américas do Norte, Sul e Central – tudo isto para dizer que veio das Honduras. Por fim, no outro extremo, de boina preta, Karine, francesa, compõe uma estilização da Torre Eiffel. Felizmente não tínhamos cá ninguém da Alemanha, porque o gesto ia ficar um bocado feio na fotografia.
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