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“É isso que este belo livro nos vem dizer: de tanto se habitarem, de tanto se habituarem, casas e pessoas se parecem entre si. Estas casas do largo (é o texto que o diz) "gostam de estar perto umas das outras, tão perto que se possam tocar, ver, ouvir, cheirar e saborear". São assim as casas da primeira ilustração. Há uma árvore e dois bancos no centro do largo, um cão persegue um gato num passeio, há uma loja de roupa, uma bicicleta encostada a um candeeiro e um marco de correio, um terraço com vasos de flores, uma janela aberta deixando ver um rádio sobre a mesa, há roupa na corda no primeiro andar da casa branca em cujo rés-do-chão há um café.”
(A crónica de Fernando Alves nos “Sinais” de ontem foi dedicada ao Onde Moram as Casas. É um belo texto para ouvir ou ler na íntegra na página da TSF, aqui. A fotografia acima foi tirada na casa onde nasci, em Matosinhos, junto às flores que mais tarde voltariam a crescer no Jardim Assombrado.)
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