Nada nos move mais do que uma ideia. Quando fui pela primeira vez à Nova Zelândia, tinha um único propósito em mente: conhecer os meus antípodas. Ir ao outro lado do mundo, real e simbólico, para encontrar aquele ponto imaginário onde os extremos se tocam. A ideia dos opostos complementares é um tema caro ao Romantismo (sobre o qual escreveram Hoffmann, Chamisso ou Andersen), mas não escondo as minhas obsessões. Claro, tornou-se difícil explicar; daí que, para a maior parte das pessoas, eu terei ido à Nova Zelândia por causa das paisagens e dos cenários de O Senhor dos Anéis. No worries, mate.
Esta fotografia de Dublin dá para as traseiras dos prédios, numa rua de sentido único. O negócio de família, uma fundição cujo nome deixou cair algumas letras, parece ter-se esgotado. É quase um não-lugar onde nada se passa, ninguém passa. Cinzento e triste, para alguns pontos de vista, porventura indiferentes ao charme da decadência. Gostava de saber como estará agora. Vou à procura desta imagem que registei há vinte anos. É uma ideia que me (co)move. Até já.
Esta fotografia de Dublin dá para as traseiras dos prédios, numa rua de sentido único. O negócio de família, uma fundição cujo nome deixou cair algumas letras, parece ter-se esgotado. É quase um não-lugar onde nada se passa, ninguém passa. Cinzento e triste, para alguns pontos de vista, porventura indiferentes ao charme da decadência. Gostava de saber como estará agora. Vou à procura desta imagem que registei há vinte anos. É uma ideia que me (co)move. Até já.
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