Naquele dia, ao observar as trutas no viveiro de Paredes de Coura, aposto que me esqueci dos óculos sem graça e das calças de fazenda que picavam.
(…)
Giram e giram e giram e giram
e giram e giram, na espera vã
de uma canção de Schubert.
Estão presas entre a água
e o betão, como nós entre
o betão e o ar. E passam
de tanque para tanque,
como nós de idade
para idade.
De um poema do José Mário Silva, incluído no recente Luz Indecisa.
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