Faltam duas semanas para o lançamento da sequela das histórias de Winnie-the-Pooh e companhia no Bosque dos 100 Acres, de que já tínhamos falado aqui, citando Manuel António Pina. Mais de 80 anos depois da publicação da obra original de A[lan] A[lexander] Milne, Winnie-the-Pooh (1926) e The House at Pooh Corner (1928), a editora australiana Hardie Grant Egmont e os gestores do legado patrimonial de A. A. Milne e E. H. Sheperd (ilustração acima) acordaram na atribuição de uma nova paternidade autoral ao urso que entre nós também é conhecido por Joanica Puff. Prometem uma história escrita “como se tivesse saído da caneta do próprio A. A. Milne”, que será traduzida em cerca de 50 línguas. A sequela intitula-se Return to the Hundred Acre Wood e é assinada por David Benedictus, autor que aparentemente não sofre da angústia da influência. As ilustrações – ou “decorações”, como vem na capa – pertencem a Mark Burgess. Benedictus & Burgess, que dupla… Sim, estamos a ser preconceituosos. Preferíamos que tivessem deixado os bichos em paz.
“Pooh and Piglet, Christopher Robin and Eeyore were last seen in the Forest – oh, can it really be eighty years ago? But dreams have a logic of their own and it is as if the eight years have passed in a day.” Ler o resto da apresentação de David Benedictus aqui.
1 comentário:
Pois eu também teria preferido, cara Carla, que os tivessem deixado em paz. Que Joanica Puff continuasse lá no bosque com a promessa de que jamais esqueceria Cristóvão Robin, pelo menos até aos seus (e julgava eu também, meus) cem anos.
Mas quem somos nós, leitores apaixonados dos livros e das personagens de Milne e Shepard, para travar - ou fazer a mais pequena amolgadela - em "negócios" tão promissores como este. O que me surpreende não é a iniciativa da editora (habituados que estamos a cada coisa...) mas sim o Benedito e o Burgesso (para usar a sua excelente tradução) terem aceite este "desafio"!
Viva eles!
Enviar um comentário