segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

LULU E O BRONTOSSAURO


“Era uma vez uma menina chamada Lulu, e a Lulu era uma seca. Não era uma seca para comer. Não era uma seca para vestir. Era uma seca – uma grande seca – para tudo.

Lulu era filha única e os pais davam-lhe tudo o que ela queria. E agora, adivinhem. Lulu queria TUDO. Toneladas de guloseimas. Toneladas de brinquedos. Toneladas de horas de desenhos animados. E se o pai e a mãe lhe dissessem (e raramente diziam), «Desculpa, querida, mas agora já chega», Lulu guinchava até que as lâmpadas explodissem, atirava-se para o chão e esbracejava e dava pontapés. E logo o pai e a mãe concordavam: «Está bem, só por esta vez», e lá lhe davam o que ela queria.”

Começa assim o primeiro capítulo de Lulu e o Brontossauro, um livro delicioso – no estilo da escrita, na elaboração da história, no sentido de humor, nas ilustrações – que tive o prazer de traduzir; e, no caso das canções, de adaptar o melhor que me foi possível. Saiu o ano passado, pela Simon & Schuster, com a assinatura de dois autores norte-americanos de renome e diferentes gerações: Judith Viorst (texto) e Lane Smith (ilustrações). Lane é um nome masculino, embora não pareça, e talvez o reconheçam facilmente por causa do booktrailer que circulou por aí exaustivamente, It’s a Book (podem revê-lo aqui), cujo livro também será publicado em português. Quanto a Lulu e o Brontossauro, é um daqueles títulos para crianças que os adultos gostarão de ler, e julgo que se presta muitíssimo a ser contado em voz alta. Sairá em breve, com a chancela da Gailivro.