No dia em que cheguei, tinha acabado de partir de Can Serrat um grupo de vinte pessoas. Bom para o negócio, mau para quem não aprecia multidões à mesa do pequeno-almoço, sobretudo antes do combustível cafeínico, como é o meu caso. Além da Karine e do Marcel, que gerem a residência como se fosse a sua segunda casa (ou mesmo a primeira, a julgar pela dedicação), nesta altura só cá estão dois artistas plásticos: M. Ramalingam, de quem já falei neste post, e Cynthia Grow, uma norte-americana introvertida, cujo site-blogue pode ser visto aqui. Cynthia viajou de uma pequena cidade no estado da Carolina do Norte com Pablo Neruda e Octavio Paz na bagagem, debaixo de um voo cheio de turbulências e avisos de fasten your seatbelts, uma chatice. Depois de dois dias de “aterragem”, hoje vestiu uma sweat-shirt muito Pablo Picasso e instalou-se no atelier, ao lado dos seus livros e de um bule com uma infusão para as constipações. Dá para perceber que está a trabalhar numa colagem, com imagens de revistas e recortes de títulos de jornais espanhóis, mas não falámos sobre o assunto. Conhecer uma pessoa através da eleição dos seus jogos de palavras pode ser muito mais interessante. Espero para ler.
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