quarta-feira, 4 de maio de 2016

ESCRITA E VULNERABILIDADE, 2


A vulnerabilidade encontra-se no coração da escrita, no coração da vida (já escrevi sobre o tema neste post). Quem tem medo de se mostrar/ser vulnerável corre o risco de se tornar opaco e, aos poucos, ir perdendo a sensibilidade e a linguagem. Lendo o último livro de uma das minhas «gurus» feministas, a Dra. Christiane Northrup, autora de Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher (Sinais de Fogo, 2000), deparei com esta passagem que resume o que gostaria de ter dito: «(...) "Vulnerabilidade não é fraqueza e trata-se de um mito profundamente perigoso. A vulnerabilidade é onde nasce a inovação, a criatividade, a mudança". Vulnerabilidade vem de um étimo latino que quer dizer ferida*. Quando estamos vulneráveis, é mais fácil ferirem-nos, mas não significa que sejamos fracas. É preciso muita força para abrir o coração outra vez... (...).


*vulneratio, onis: ferida, lesão, golpe (Dicionário de Latim-Português, Porto Editora, s/data)

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