terça-feira, 29 de maio de 2012

AS CASAS NA PAIS & FILHOS


Onde é que as crianças se sentem mesmo em casa?
Quando são abraçadas com amor e sossegadas nos seus medos pelos adultos. Quando são escutadas com tempo e atenção. Quando são reconhecidas na sua originalidade e encorajadas a ser criativas. Quando as deixam à solta na natureza. Quando estão perto dos animais. Quando podem ir para o seu lugar secreto, que tanto pode ser debaixo da cama, a ler um livro, como à mesa de jantar, a fazer trilhos de comboio com o puré de batata e a imaginar que são ervilhas.

O que é que não pode faltar num “lar doce lar”?
Confiança. Tolerância. Respeito. Delicadeza. Capacidade de nutrição – biológica, simbólica e afectiva. Bom-humor e sentido lúdico da vida. Saber brincar. Poder pôr os pés em cima do sofá. Poder falar de tudo e sobre tudo, sem medo de ser julgado. Não haver rótulos do género “o rebelde”, “a desarrumada”, “o mandão”, “a chata”, porque cada pessoa é um universo. Um sentido de coesão e unidade, mas sempre mantendo as janelas e as portas abertas ao exterior (é bom ter um quarto de hóspedes ou, pelo menos, um sofá-cama). Numa palavra: amor. É coisa que não pode mesmo faltar num “lar doce lar”.

Rainhas, óculos, viagens, casas. Aborda temas muito diferentes nos seus livros. Como é que os escolhe?
Não os escolho, no sentido em que não faço nada programático. São temas que reflectem a minha história pessoal e uma visão do mundo que me parece partilhável com os outros. Escrevo para comunicar. Utilizo os meus recursos próprios, como qualquer escritor, que passam pela minha experiência de vida, pelas leituras feitas, pela memória emocional que vem da infância, pela respiração e pelo instinto; e também pela capacidade de dominar a linguagem e saber provocar a imaginação – por exemplo, dando-me tempo. Sentir que o tempo é ilimitado é o mais importante para escrever.


(A edição de Junho da Pais & Filhos já está nas bancas. A pretexto do Onde Moram as Casas, esta pequena entrevista – a que gostei especialmente de responder – saiu na edição de Maio.)

O VALOR DAS CASAS



Enós e os aprendizes

Era uma vez um homem que fazia casas.
Chamava-se Enós e era o melhor construtor até aí jamais visto. As suas casas eram as mais bonitas e perduráveis.
Certo dia, dois aprendizes vieram ter com ele e disseram-lhe:
– Um dia vais morrer e não haverá ninguém para continuar o que tu fazes. Por que não nos ensinas o segredo da tua arte?
Enós achou razoável o que lhe pediam e, generoso, deu-lhes tudo o que sabia.
Mas, uma vez na posse do conhecimento, pensando que já eram importantes como o mestre, desprezaram-no e afastaram-se dele.
E onde Enós cobrava oitenta dinheiros, eles cobravam setenta, e diziam que as suas casas eram mais baratas e igualmente resistentes.
E assim as pessoas deixaram de dar valor às casas de Enós e conformaram-se com as casas dos aprendizes.
Enós empobreceu até ao ponto de lhe faltar o essencial, mas nem na miséria aceitou fazer casas que não fossem perduráveis.

(Um pequeno conto de Maria Teresa Andruetto, prémio Hans Christian Andersen 2012 na categoria de Escritor, incluído no livro Miniaturas, Macmillan, 2011. Tradução minha a partir do original em castelhano.)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CONHECER MARIA TERESA ANDRUETTO



Na sequência do post anterior sobre Peter Sis (Prémio Hans Christian Andersen 2012 na categoria de Ilustrador), é mais do que justo lembrar aqui o escritor distinguido com o seu equivalente na categoria de Autor, ambos anunciados ao mesmo tempo na última Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Março.

Se Peter Sis é ainda pouco conhecido entre nós, arrisco dizer que o nome de Maria Teresa Andruetto (Argentina, 1954) vai permanecer no limbo dos escritores incógnitos deste importante prémio, por força da quase inacessibilidade da sua obra – mesmo na vizinha Espanha – e do que na autora se evidencia como uma vinculação radical com a experiência interior e subjectiva que faz parte da pulsão literária. Ouça-se esta entrevista arquivada na Audiovideoteca de Buenos Aires ou este resumo breve da sua percepção da literatura para crianças e perceber-se-á melhor o que quero dizer.

Na Feira do Livro Infantil de Bolonha, depois do anúncio do prémio Andersen, houve uma corrida aos livros de Maria Teresa Andruetto. Mais facilmente se encontraria um elefante numa loja de porcelanas... Só o stand do IBBY tinha alguns títulos expostos – para consulta –, além de um dossier fotocopiado com informação sobre a escritora, incluindo entrevistas que podem ser lidas na net. É uma questão de pesquisar.

Em tudo o que ressoa de condescendência e lugares-comuns, o rótulo “infantil” assenta-lhe mal – e ainda bem. Precisamos de mais reflexão e autenticidade, já cá temos fancaria q.b.. Deixo um extracto do livro Hacia una Literatura sin Adjectivos (2009), esgotadíssimo, que ditei para o gravador e depois traduzi. Para Maria Teresa Andruetto, “a pessoa que somos está antes do escritor que poderemos vir a ser”, ideia que subscrevo inteiramente.

“Um escritor não pode definir-se pelas suas intenções, mas pelos seus resultados. Se algo têm em comum os bons escritores de todos os tempos é, justamente, o facto de terem pouco em comum uns com os outros; inclusivamente, às vezes, diferenciam-se ou opõem-se fortemente uns aos outros. Aparece então uma primeira certeza: um bom escritor é um escritor diferente dos outros escritores, alguém que pela essência mesma do que faz contraria a uniformidade que tende a impor-se – resiste, por assim dizer, ao global. Alguém preocupado em perseguir uma imagem do mundo e construir com ela uma obra que pretende universalizar a sua experiência. Olhando então para o que tem de mais privado e de mais pessoal, é como um escritor pode tornar-se universal. E este é o sentido que têm as conhecidas palavras de Tolstoi: pinta a tua aldeia e pintarás o mundo. A criação nasce então do particular, qualquer que seja a particularidade que, como ser humano, caiba a quem escreve. E é a focalização no pequeno que permite, pela via da metáfora, inferir o vasto mundo.”

terça-feira, 22 de maio de 2012

PETER SÍS: MAPAS PARA LER IMAGENS


Nascido na antiga Checoslováquia (Brno, 1949), Peter Sís formou-se na Academia de Artes Aplicadas, em Praga, continuando depois no Royal College of Arts, em Londres. Uma infância e adolescência restritivas deram lugar a uma visão aberta do mundo. Primeiro, por influência da família: pais artistas e uma colecção de livros para crianças trazida dos Estados Unidos pelo avô, na década de 1920, estimularam a imaginação precoce do jovem Sís. O rock’n’roll fez o resto. O pai era autor de documentários e, no regresso das viagens ao estrangeiro, trazia-lhe discos e histórias raras de ouvir entre as quatro paredes da Checoslováquia. Tibet Trough the Red Box (1998) evoca um desses episódios; e em The Wall: Growing Up Behind the Iron Curtain (2007), Sís conta como foi crescer num país onde a vida era «monótona e monolítica».

Tudo mudou em 1982, quando viajou para os Estados Unidos, a pedido do governo checo, para fazer um documentário sobre os Jogos Olímpicos de 1984. Acabou por ficar e pedir asilo político. Maurice Sendak, autor de Where the Wild Things Are (Onde Vivem os Monstros), ajudou-o a entrar no mundo da ilustração. O reconhecimento do Prémio Newbery, da Associação das Bibliotecas Americanas, trouxe visibilidade às ilustrações para o livro premiado de 1987, The Whipping Boy, de Sid Fleischman. Em Nova Iorque – onde reside até hoje – Peter Sís encontrou o meio de que precisava para dar expressão ao seu talento. Das largas dezenas de livros que ilustrou, 25 têm texto da sua autoria.

Sís cruza o olhar documental com a pura fantasia, num registo muito pessoal e, frequentemente, autobiográfico. Cada um dos seus livros é vasto em significados, enviando o leitor para geografias tão distantes como o Tibete ou prestando homenagem a espíritos livres como Charles Darwin ou Galileo Galilei. Exuberante, sim, mas uma exuberância que nada tem a ver com o instinto provocatório de Maurice Sendak ou Tomi Ungerer; antes se revela na acumulação de pormenores visuais, textuais e simbólicos. Fazendo uso frequente da técnica do pontilhismo, faz ilustrações que se assemelham a imagens artesanais pixelizadas, convidando o leitor a demorar-se longamente sobre as páginas. Numa arte que deve muito à cartografia, as ilustrações de Sís lêem-se como mapas, criando a sensação de que há sempre algo de novo para descobrir.

A Árvore da Vida, biografia ilustrada de Charles Darwin, é o único livro de Peter Sís editado em Portugal, com tradução de Ana Paula Faria (Terramar, 2005). Na última Feira do Livro Infantil de Bolonha, o júri do IBBY atribuiu-lhe o Prémio Hans Christian Andersen 2012, na categoria de Ilustração. Era o nome favorito. Ganhou.

(Texto publicado na LER nº 113, aqui com ligeiras alterações.)

domingo, 20 de maio de 2012

BRAGA: ENCONTROS LI 2012

Acontecem desde 1999 e também são conhecidos pelos "encontros li". Em 2012, o 9º Encontro Nacional /7º Internacional de Investigação em Leitura, Literatura Infantil & Ilustração, que decorre na Universidade do Minho, dias 22 e 23 de Junho, vai ter como tema a "Leitura - Avaliação, Ensino, Dificuldades". Para além de conferências e comunicações livres, haverá dois workshops e quatro sessões de posters. Consulte o programa e faça a sua inscrição aqui.

PSICOLOGIA DOS CONTOS NO SOCIEDADE CIVIL



Na passada sexta-feira, o programa Sociedade Civil (sim, o tal que está em riscos de acabar, apesar dos elogios e dos elevados índices de audiência) levou o tema da "psicologia das histórias de encantar" até aos estúdios da RTP, onde fui uma das convidadas. Falta-me a arte e o engenho para colocar aqui o video, mas o link directo é este: http://www.rtp.pt/programa/tv/p23283/c82051.

sábado, 19 de maio de 2012

UM LIVRO E UM CONVITE




No quase deserto das publicações ensaísticas dedicadas à literatura infanto-juvenil (LIJ), a associação cultural Tropelias & Companhia emergiu em sentido de contracorrente, o ano passado, ao iniciar uma colecção que acaba de dar à estampa o quarto título: Entre Textos – Perspectivas sobre a literatura para a infância e juventude, de Sara Reis da Silva (Universidade do Minho). Na continuidade do volume anterior (Encontros e Reencontros – Estudos sobre literatura infantil e juvenil, 2010), também da sua autoria, aqui se coligem cerca de vinte textos de análise crítica de autores portugueses e estrangeiros (de Sidónio Muralha a Isabel Minhós Martins, de Vergílio Alberto Vieira a David Machado – mas também Anthony Browne, Oliver Jeffers ou Shel Silverstein), bem como de investigação de questões estruturais e imanentes à LIJ. Para quem se dedica a este universo, é um novo e importante contributo e uma ferramenta de trabalho.

Como deitar-lhe as mãos? Pois. Não se encontra facilmente por aí, mas será fácil obter esclarecimentos através do e-mail tropeliasecompanhia@gmail.com. Há também um blogue homónimo, mas, não sei porquê, o blogger diz que não é possível aceder.

O lançamento do livro acontece precisamente hoje à tarde, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, e quem estiver por perto (não é o nosso caso, infelizmente) poderá saber mais pormenores no convite supra-indicado. Parabéns, Sara!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CARTA ABERTA À APEL, POR LUÍS OLIVEIRA



Carta aberta a Miguel Freitas da Costa,
secretário-geral da APEL

Tomei a devida nota das suas declarações a alguns meios de comunicação social acerca da Feira do Livro de Lisboa. É um dado imediato da observação das suas palavras que bate sempre na mesma tecla, isto é, nunca ultrapassou a superficialidade da análise, satisfazendo-se apenas com os resultados comerciais do evento e com a afluência do público. Falou, claro, em nome da APEL e mostrou-se radiante com os excepcionais resultados da feira.
Na realidade, posso confirmar que o número de leitores foi talvez superior ao do ano passado e também me pareceu que houve mais critério na escolha dos títulos.

Face à crise da economia (a economia capitalista foi sempre ela própria a crise) e de valores humanos, as pessoas começaram provavelmente a pensar que o comboio da História deve mudar de direcção. Por isso, foram guardando algumas economias para adquirir livros em detrimento de outras mercadorias supérfluas.

Foi isto que V. Ex.ª não compreendeu ainda, formatado que está para uma sociedade que não conduz as pessoas no sentido do movimento da emancipação humana. É cada vez mais visível que esta perspectiva só poderá conduzir à catástrofe.

A direcção da APEL não manifestou nenhuma solidariedade para com os cerca de quarenta editores que nesta altura foram atirados para a «desgraça» devido à recente falência da distribuidora CESodilivros.

Ora, todos estes editores são sócios da APEL.

Neste sentido, podemos afirmar que a APEL não existe.

Por último, e voltando à feira, quero dizer-lhe que ela nunca mais será realizada no Parque Eduardo VII, no mês de Abril, porque a maioria das editoras não autoriza esta irracional data.

Se V. Ex.ª não tivesse a cabeça dura, pensaria no local privilegiado que é o Parque Eduardo VII quando o tempo está quente: em tardes de sol, os visitantes aproveitam para se sentarem na relva daquele excepcional jardim, lendo e namorando, numa partilha lúdica da qual têm sido privados nos últimos anos.

Estas palavras são apenas uma tentativa de vos chamar à razão para tantos aspectos da feira, nomeadamente os horários escravizantes (mais de doze horas por dia) que ali são praticados.

Há períodos completamente mortos na feira, mas há interesses dos grandes grupos na abertura ainda de manhã para venderem livros infantis às crianças, configurando uma atitude não democrática e inaceitável da APEL.

Luís Oliveira
Editor da Antígona

quinta-feira, 17 de maio de 2012

LUX INTERIOR

No Luxemburgo, a cidade europeia com mais probabilidadades de encontrar bacalhau à brás na ementa dos restaurantes, o jornal Contacto registou a minha passagem pelo Instituto Camões, onde fui excepcionalmente bem recebida e tive oportunidade de falar para uma plateia muito interessada e curiosa de professores de português. O título da notícia é "os meus livros mostram o melhor de mim". Nunca tinha dito isto antes, mas acho que é mesmo verdade. Ler aqui.

PS - Dou um doce a quem decifrar o trocadilho e a figura implícita no título deste post...

AINDA O PRÉMIO NACIONAL DE ILUSTRAÇÃO 2011



O comentário de um leitor no post de ontem, escrito com menos tempo e cuidado do que seria desejável, chamou-me a atenção para a injustiça de não referir as duas menções especiais do Prémio Nacional de Ilustração 2011: Greve, de Catarina Sobral (Orfeu Negro), e a Antologia Poética de Bocage ilustrada por José Manuel Saraiva (Kalandraka). E ainda o destaque do júri para André Letria e Se Eu Fosse um Livro (Pato Lógico). Todos estes ilustradores estiveram presentes na exposição da Feira do Livro Infantil de Bolonha e todos estão de parabéns. Conheça-os um pouco melhor no site Como as Cerejas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PRÉMIO NACIONAL DE ILUSTRAÇÃO 2011



«Este livro foi feito a partir de uma série de gravuras que fiz em 1998. Há muito que tinha pensado reuni-las e fazer uma publicação. Agora, olho para as imagens e para os textos e sei que eles foram feitos com toda a liberdade que parece que ainda é visitada pela Sra. Ingenuidade (aquela que faz limpezas nas cabeças que ainda não têm muito pó).

O que resultou é um livro que quer mostrar esse tempo em que se deixa acontecer, sem querer mais do que fazer do corpo o lugar táctil e sensível que permite construir sem a finalidade artificiosa.

Não é um livro apenas para crianças, não é um livro para quem se deixa cristalizar e não cresce, seja lá o que isso queira exactamente dizer. Este objecto final é uma visita a uma experiência anterior, acumulou tempo, desdobra-se no espaço e tem finalmente um corpo próprio.

Enquanto livro de autor, e por tudo o que me leva a pensar hoje conscientemente, na minha estante ideal, arrumava-o junto aos livros de arte.»

(Maria João Worm, sobre o livro Os Animais Domésticos, com o qual venceu a 16ª edição do Prémio Nacional de Ilustração. Mais informação sobre esta e outras obras no blogue das edições Quarto de Jade)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

UMA TARDE COM LUÍSA DUCLA SOARES


Na próxima semana, dia 25 de Maio, o auditório do Instituto de Educação da Universidade do Minho (Braga) reserva uma tarde inteira para falar da obra de Luísa Ducla Soares, encerrando em beleza com a presença da escritora. Cliquem na imagem para conhecer o programa, que conta com a presença de dois dos seus ilustradores (André Letria e João Vaz de Carvalho), além de comunicações de Sara Reis da Silva, Ana Margarida Ramos, João Manuel Ribeiro e José António Gomes.

sábado, 5 de maio de 2012

WO WOHNEN DIE HÄUSER



Daqui a uns dias rumo à Alemanha para participar na primeira representação de Portugal na 12ª Feira Europeia do Livro Infantil e Juvenil de Saarbrücken, que se realiza entre 10 e 13 de Maio. É um convite do Leitorado de Português da Universidade de Saarbrücken, financiado pelo Instituto Camões, em parceria com a Embaixada de Portugal em Berlim e o Centro Cultural Português no Luxemburgo. Aguarda-me uma agenda atarefada que inclui, entre outras coisas, uma passagem pela A Livraria, em Berlim, e uma palestra na Universidade de Saarbrücken para estudantes de português. Em alemão, «onde moram as casas» diz-se «wo wohnen die häuser».

sexta-feira, 4 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

LER NO PARQUE EDUARDO VII


À semelhança do ano passado, a sessão deste mês do «Ler no Chiado» – tertúlia promovida pela Revista Ler e Livrarias Bertrand, com moderação de Anabela Mota Ribeiro – terá lugar na Feira do Livro de Lisboa. O tema dos contos populares e literatura tradicional será debatido hoje, às 18h30, no Espaço do Grupo Porto Editora, com um painel excelente: Graça Morais (pintora), João Seabra Diniz (psiquiatra) e Francisco Vaz da Silva (antropólogo). Recorde-se que este último é autor das colectâneas Contos Maravilhosos Europeus e Grimm – Contos da Infância e do Lar, cujo segundo volume saiu há pouco. Aguarda-se, este mês, o terceiro e último tomo da primeira edição integral em língua portuguesa da obra dos Irmãos Grimm, publicada pela Temas e Debates/Círculo de Leitores.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

LISTAS, LISTAS, LISTAS

Pediram-me que escolhesse cinco bons livros infanto-juvenis portugueses que marcaram 2011, e foi o que fiz. Não sei se são os melhores, mas são com certeza dos melhores, como tentei justificar no encontro da Feira do Livro, domingo passado, onde também estiveram Ana Maria Magalhães e Isabel Minhós Martins. A referência de ambas ao Onde Moram as Casas foi um momento de embaraço feliz. Não sei quem é que fez recolha das listas, mas fez muito bem. Vejam aqui.

ONDE MORAM AS CARAS


Até domingo, todos as meninas e meninos que passem pela Feira do Livro de Lisboa estão convidados a fazer o seu auto-retrato para o poster gigante que reproduz as janelas desenhadas pelo Alexandre Esgaio. Pertencem às guardas do nosso livro, claro. O poster (plastificado, por causa da chuva), encontra-se à entrada da Praça Leya, revestindo a parte lateral do primeiro pavilhão, do lado esquerdo de quem sobe.

terça-feira, 1 de maio de 2012

PRIMEIRO DE MAIO



Na origem etimológica de "coragem" está a palavra "coração". (Ilustração de Alex Gozblau para o último 25 de Abril. Com um abraço.)