
– Olá, Papá – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse o pai.
– Olá, Mamã – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe.
– Há um monstro no jardim e ele vai comer-me – disse o Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe.
O Duarte foi para o jardim.
– Olá, monstro – disse ele ao monstro.
O monstro devorou o Duarte, até ao último bocadinho.
Depois o monstro foi para dentro de casa.
– GRRR – rugiu o monstro atrás da mãe do Duarte.
– Agora não, Duarte – disse a mãe do Duarte.
O monstro mordeu o pai do Duarte.
– Agora não, Duarte – disse o pai do Duarte.
– Tens o jantar pronto – disse a mãe do Duarte.
A mãe pôs o jantar em frente da televisão.
O monstro comeu o jantar.
Depois esteve a ver televisão.
Depois leu uma banda desenhada do Duarte.
E partiu um brinquedo do Duarte.
– Vai para a cama – disse a mãe do Duarte. – Já te levei o leite para cima.
O monstro subiu as escadas.
– Mas eu sou um monstro – disse o monstro.
– Agora não, Duarte – disse a mãe do Duarte.
(Agora Não, Duarte, de David McKee, Caminho, 2000)