terça-feira, 23 de agosto de 2016

UMA ESPÉCIE DE PARAÍSO




-->A 3 de Julho de 1946, era inaugurada a primeira exposição internacional de livros para crianças, que estaria na base da construção de um projecto maior: a Biblioteca Internacional da Juventude, sediada em Munique. A ideia partiu de Jella Lepman, alemã de origem judia que fugiu ao regime hitleriano para se exilar voluntariamente em Londres. Terminada a guerra, regressou ao país a convite do exército dos Estados Unidos, uma das potências ocupantes. Na Blimunda de Agosto conto um pouco desta história que tem tanto de pessoal como de universal. Talvez por isso tenha funcionado tão bem. Um excerto do artigo:
 
«Talvez esse sentimento de não-pertença tenha contribuído para fazer emergir uma visão de futuro, assente num idealismo com os pés na terra. Podemos apenas especular. Porém, o desejo [de Jella Lepman] foi formulado sobre alicerces bem concretos: que a literatura infantojuvenil pudesse ser um território comum para todas essas crianças das ruínas, ávidas de comida e, nas suas próprias palavras, de «alimento espiritual». O alcance visionário desta ideia consistiu em imaginar que os livros pudessem chegar de todas as partes do mundo e ser uma ponte entre as muitas culturas da infância. Ainda hoje é assim.»

(A revista Blimunda, editada pela Fundação José Saramago, pode ser lida aqui, em versão online ou para download. «Biblioteca Internacional da Juventude - Uma espécie de Paraíso» começa na página 45.» Copyright das fotografias: Biblioteca Internacional da Juventude.)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

UM MINUTO E MEIO





Sei que não é a melhor altura do ano para postar estes videos (camisola de gola alta... ai!), mas foram feitos há uns meses e só agora os vi. Um minuto e meio para falar do Irmão Lobo e do Amores de Família, com legendas em inglês. Uma produção da Bookoffice.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

IRMÃO LOBO A BANHOS


«Conhecemos nessa família uma miúda de oito anos (a mais nova de três irmãos) que, em processo de sobrevivência emocional face à inesperada situação, emana de si um esforço de compreensão e de maturidade alternados com uma doce ingenuidade criativa, num mundo quotidiano onde ela própria cria e constrói os seus cenários imaginários, nos quais dá outros nomes às personagens de quem depende e que giram à sua volta, entre elas, o seu cão-lobo, um husky. É um livro para todas as idades, uma história onde o final é, afinal, apenas um recomeço, um outro caminho, uma vida inteira pela frente.»

(Margarida Teodora Trindade, directora da Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, escreveu uma bela crítica ao Irmão Lobo e recomenda-o no jornal Mediotejo.net, na rubrica «Passe pela biblioteca». O texto completo está aqui.) 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A SENHORA CLAP VAI AO BRASIL


A Senhora Clap é um livro que fica mesmo bem em palco. Não sei o que pensa a Marta Duque Vaz, autora deste originalíssimo texto ilustrado por Alexandre Esgaio e editado pela Planeta, mas não importa assim tanto (ou importa?) que a adaptação para a linguagem cénica se dê no Brasil e não em Portugal. Porque é que o público de Lisboa ou Porto ou Braga ou Viseu há de ser mais importante do que o do Rio de Janeiro? A arte é universal e o que importa é que o texto circule e seja reconhecido, penso eu de que. O Jardim Assombrado, que escreveu sobre o livro aqui, aplaude as afirmações Cadu Cinelli, director artístico da peça com estreia marcada para 3 de Setembro:

"São tempos estranhos que a gente vive", reconheceu, falando num "golpe da nova democracia" no Brasil e assumindo que o espetáculo "O tratado da Senhora Clap" é, de certa forma, uma reação ao "estado de política tão sombrio e temeroso" que hoje se vive no Brasil.
"Acho que a gente precisa se repensar enquanto artista, enquanto cidadão, enquanto ator político, e ver qual o nosso papel", sustentou.

Leiam o texto no Notícias ao Minuto