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terça-feira, 8 de setembro de 2015
LEIAM, MAS NÃO INALEM
É triste assistir a isto em qualquer parte do mundo dito «civilizado»; e logo num país progressista como a Nova Zelândia. Um livro para adolescentes e leitores mais crescidos (young adults), distinguido pela crítica e premiado em 2013, está a ser agora retirado das estantes das livrarias, bibliotecas e escolas, por força do lobby de um grupo cristão e conservador que se manifestou contra as referências explícitas ao uso de drogas e ao calão aplicado aos órgãos sexuais, entre outros tópicos «quentes». Interessante. Como se sabe, nestas idades, os miúdos inclinam-se mais para o ponto de cruz, o bricolage e a decoração de bolos festivos... Ted Dawe, o autor de Into the River, professor do ensino secundário há 40 anos, diz que o último livro banido na Nova Zelândia se chamava Como Construir uma Bazuca. «Talvez o conteúdo de Into the River seja uma bazuca apontada à oligarquia da classe média que governa este país», afirma. Da ordem do anedótico: uma especialista em direito dos media declarou ao New Zealand Herald que era «legal ter o livro para seu próprio uso, mas não passá-lo aos amigos». A literatura equiparada ao cultivo de marijuana nas varandas e quintais. Portem-se bem, amiguinhos. Leiam, mas não inalem.
(via Scoop it! - Ana Margarida Ramos)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
UM PINGUIM PERDIDO DE CASA

Como no livro de Oliver Jeffers, Perdido e Achado (Orfeu Mini), também este pinguim-imperador se perdeu de casa, nadando desde a Antártida até à Nova Zelândia, o que aconteceu pela última vez em 1967. Mas nem sempre há alguém para cuidar de nós, incondicionalmente. Passados os primeiros dias do “fenómeno”, com autóctones e turistas a acorrerem à praia de Peka Peka, na costa oeste da Ilha Norte (aqui, o vídeo do New Zealand Herald), a história caminha para um desenlace triste. Os serviços oficiais de conservação do ambiente recusaram – numa atitude sensata – assumir a responsabilidade de transportar o pinguim para a Antártida, com receio de introduzir doenças no ecossistema (além de que a viagem seria caríssima); e os centros de acolhimento parecem não possuir as condições necessárias. Depois de ter dado sinais graves de inadaptação ao novo habitat, demasiado quente para os seus hábitos, começou a ser tratado, estando agora com 50 por cento de hipóteses de sobreviver. É pouco provável que tal aconteça. A vida não é tão bonita como certos livros. Por isso fazemos livros.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
QUEREMOS MAIS MARGARET MAHY

«Nunca me hei-de esquecer de como aprendi a ler. Quando era menina, as palavras escapuliam-se diante dos meus olhos como pequenos escaravelhos negros cheios de pressa. Mas eu era mais inteligente do que elas. Aprendi a reconhecê-las apesar de tentarem escapar-me velozmente. Até que, por fim, consegui abrir os livros e entender o que lá estava escrito.» Palavras da escritora neozelandesa Margaret Mahy, naquele que é, no meu modesto entender, um dos textos mais poéticos e consistentes produzidos para assinalar o Dia Internacional do Livro Infantil (ler integralmente aqui), neste caso em 2007. De Margaret Mahy, contemplada com o Prémio Hans Christian Andersen de 2006, apenas está traduzido em português O Rapaz dos Hipopótamos (The Boy Who Was Followed Home, 1975), publicado pela Livros Horizonte em 1997. Pode ser que a Feira de do Livro de Frankfurt de 2012, onde a Nova Zelândia vai ser o país convidado, dê algumas ideias aos nossos editores mais atentos. Sobre Margaret Mahy, recomendamos a leitura da página do New Zealand Book Council, aqui.
terça-feira, 14 de junho de 2011
NOTÍCIAS QUE FAZEM ESTE BLOGUE ACORDAR

Estava este jardim muito adormecido e pouco assombrado quando, de repente, deu com esta notícia no Blogtailors. Logo as pohutukawas (ou metrosíderos, como lhes chamam por cá) começaram a agitar as folhas e a mostrar as suas lindíssimas flores encarnadas, todas vaidosas. E as pedrinhas do Mar da Tasmânia que estão ali guardadas numa caixa começaram a mexer-se (ou pelo menos parecia que sim). E a Busy Bee de plástico que faz de porta-chaves começou a zumbir, inexplicavelmente. É o que acontece aos jardins muito adormecidos e pouco assombrados quando ouvem duas palavras mágicas: Nova Zelândia. Weeeeeeee!
(Atenção, o autor de The Whale Rider é Witi Ihimaera e não Ngaio Marsh. Falámos deles aqui, por exemplo. Mais coisas sobre a Nova Zelândia podem ser procuradas na etiqueta homónima, aqui do lado direito do blogue.)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
CHRISTCHURCH, 2004

No lado direito deste blogue há uma etiqueta intitulada “Nova Zelândia”, porventura estranha no meio da nuvem de palavras que revelam as preferências de quem o escreve: “Livros”, “Ilustração”, “Bibliotecas”, “Promoção da leitura”, “Escritores”, “Jornalismo” e outras que tais. Está ali porque um blogue é também uma espécie de diário gráfico para os destituídos do talento de desenhar, e que ainda assim gostam de organizar os dias valendo-se de imagens registadas por outros, sem que grande mal advenha disso – a não ser, talvez, uma atitude permissiva em relação aos direitos de autor. Dito de forma mais simples, está ali porque é importante. Porque a Nova Zelândia incorpora o meu imaginário geográfico e o meu conceito de “lugar seguro”, como tentei explicar neste post.
Nos últimos dias, chegaram notícias do sismo que abalou Christchurch, a maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia – que, talvez não seja inútil lembrar, são os nossos exactos antípodas. Simbolicamente, é uma ideia fortíssima. Do ponto de vista geológico, não sei – e creio que ninguém sabe – que implicações terá para Portugal e para a estabilidade das ingovernáveis placas tectónicas. Abalados e ingovernáveis andamos nós, de resto. A avaliar pela ausência de comentários no Público online – um barómetro das volúveis pulsações colectivas –, o sismo da Nova Zelândia não é notícia que importe muito. Não tem impacto directo nas nossas vidinhas. Não tem a dimensão de tragédia e do horror do sismo que destruiu o Haiti. A distância geográfica e o conforto civilizacional (“é um país decente, sem corrupção, a coisa há-se compor-se…”) geram uma relativa indiferença para com o número de mortos e desaparecidos – que ultrapassam as três centenas, neste momento. E, depois, há aquele consolo tão pouco humanitário – mas, ainda assim, tão humano na sua desculpabilização – que os media se encarregam de repetir ad nauseam: “Não há notícias de portugueses entre as vítimas.”
Enquanto jornalista, confesso ter sérias dúvidas quanto à pertinência da maior parte de notícias catastróficas que a agenda mediática nos impõe, todos os dias. Mas não quero parecer cínica. Se tenho evitado ver imagens do sismo que destruiu Christchurch, é apenas porque amo demasiado esta cidade, se é que se pode amar demasiado alguma coisa. No dia em que esta fotografia foi tirada, em Janeiro de 2004, eu fazia 35 anos e estava “estupidamente feliz”. Com este já vão dois lugares-comuns. Fico-me por aqui, que este post já vai longo e não me está a sair muito bem. Entre ser cínica ou sentimental, venha o diabo e escolha.
Nos últimos dias, chegaram notícias do sismo que abalou Christchurch, a maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia – que, talvez não seja inútil lembrar, são os nossos exactos antípodas. Simbolicamente, é uma ideia fortíssima. Do ponto de vista geológico, não sei – e creio que ninguém sabe – que implicações terá para Portugal e para a estabilidade das ingovernáveis placas tectónicas. Abalados e ingovernáveis andamos nós, de resto. A avaliar pela ausência de comentários no Público online – um barómetro das volúveis pulsações colectivas –, o sismo da Nova Zelândia não é notícia que importe muito. Não tem impacto directo nas nossas vidinhas. Não tem a dimensão de tragédia e do horror do sismo que destruiu o Haiti. A distância geográfica e o conforto civilizacional (“é um país decente, sem corrupção, a coisa há-se compor-se…”) geram uma relativa indiferença para com o número de mortos e desaparecidos – que ultrapassam as três centenas, neste momento. E, depois, há aquele consolo tão pouco humanitário – mas, ainda assim, tão humano na sua desculpabilização – que os media se encarregam de repetir ad nauseam: “Não há notícias de portugueses entre as vítimas.”
Enquanto jornalista, confesso ter sérias dúvidas quanto à pertinência da maior parte de notícias catastróficas que a agenda mediática nos impõe, todos os dias. Mas não quero parecer cínica. Se tenho evitado ver imagens do sismo que destruiu Christchurch, é apenas porque amo demasiado esta cidade, se é que se pode amar demasiado alguma coisa. No dia em que esta fotografia foi tirada, em Janeiro de 2004, eu fazia 35 anos e estava “estupidamente feliz”. Com este já vão dois lugares-comuns. Fico-me por aqui, que este post já vai longo e não me está a sair muito bem. Entre ser cínica ou sentimental, venha o diabo e escolha.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
KIA ORA 2011

Tal como aconteceu em 2008 e 2009, O Jardim Assombrado dá as boas-vindas ao ano novo com doze horas de avanço, de olhos postos na terra bem-amada a que pertence por nacionalidade de alma ou lá o que lhe queiram chamar. Kia ora, 2011 - que é como quem diz, traduzido do maori, "olá, 2011"!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
SO LONG, MARIANNE

Este blogue não está de férias. Mas gostava de estar.
(Fotografia de Marianne North, artista vitoriana e uma das primeiras mulheres a viajar para os Antípodas, a fim de registar as espécies botânicas da Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia. O seu trabalho está exposto permanentemente num pavilhão dos Royal Botanic Gardens, em Kew.)
domingo, 9 de maio de 2010
WISH I WAS THERE

A partir de amanhã e até 19 de Maio, a Nova Zelândia está em festa com a 14ª edição do New Zealand Post Children's Book Festival, que atribui "os prémios literários mais prestigiados do país". Não somos nós que o dizemos.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
O MEU LUGAR SEGURO

A psicologia fala do conceito de “lugar seguro” como um espaço físico associado a experiências positivas e marcantes do nosso passado; um espaço aonde não chegam a angústia, o desconforto ou a ameaça. Habitualmente, é na infância que o encontramos, nesse canto da casa onde os joelhos se encolhiam para abraçar um livro; ou no cimo de um penedo coberto de musgo e líquenes, se tivemos a sorte de crescer junto à natureza. Eu tive.
Mas, por estranho que possa parecer a quem tem pavor de andar de avião, a minha ideia de lugar seguro está a uns quantos milhares de metros de altitude, no final de uma viagem que abarcou três continentes e dois oceanos. É de madrugada, passaram-se mais de 26 horas de voo e, segundo a conspiração dos fusos horários, deixei Lisboa há dois dias, sem saudades nem despedidas. Estou no princípio daquela que vai ser a viagem da minha vida, mas ainda não o sei. Tal como não prevejo o momento decisivo, distraído pela falta de sono, em que vou deixar no tapete rolante as minhas botas Timberland novas, compradas pelo equivalente ao que hoje me pagam por um artigo de seis páginas (só para terem uma ideia da inflação). Mas também não posso prever isso, caso contrário teria tido mais juízo e ficado por lá. Da janela do Jumbo da Air New Zealand, a coberto da noite imensa, vejo apenas as mil luzes de Auckland unidas em filigrana, um tapete de luz onde estou prestes a cair, feliz e vulnerável, embora não na mesma proporção. Não há ninguém à minha espera mas tudo está à minha espera, tudo é provável mesmo que nunca aconteça, mesmo que exista apenas como pura possibilidade, pura especulação de incertezas.
Nunca mais estive tão alto como durante aquela viagem solitária à Nova Zelândia, o país onde gostaria de ter nascido. Inevitavelmente, tudo o que sobe deve descer. Quando agora quero evocar a minha ideia de lugar seguro, fecho os olhos e penso que estou num avião, sobrevoando as mil luzes de Auckland, apenas no início de uma viagem extraordinária que aconteceu faz agora sete anos. Às vezes, o truque funciona. Mas só às vezes.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
SUPERSTIÇÕES

Gosto de brindar ao Ano Novo com 12 horas de avanço e um calendário made in New Zealand. Toda a gente tem direito às suas manias. Esta não é das piores.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
O MAR NOS ANTÍPODAS

Há sempre um português com azar bastante para ser encontrado por outro português, mesmo no lado oposto do mundo. Por causa de uma personagem atormentada pelo passado, atravessei O Mar em Casablanca a pensar em G. e no nosso improvável encontro na Nova Zelândia, há precisamente cinco anos.
Num alfarrabista de boas e más memórias, alguém falou de um português razoavelmente conhecido, que já tinha aparecido na imprensa local. Logo ali imaginei matéria para um artigo. Devia ter pousado o telefone quando ele respondeu “I beg your pardon?”, sem sinal de interesse ou curiosidade, só o enfado natural de quem acaba de ser interrompido no seu trabalho por uma arenga de vogais e consoantes numa língua remota – 25 mil quilómetros de distância é muito tempo. Respondi em inglês, queria conhecê-lo, ele disse “let me see” e ficámos assim, cada um com o seu cubo de gelo na boca, o telefone calado durante uma semana e tal.
Rumei a sul das planícies verdes e ocres de Canterbury, com a lembrança de G. no meu encalço. Teimosa, insisti. Ele providenciou o encontro com eficácia britânica, mas sem entusiasmo. Encontrámo-nos no seu local de trabalho, um departamento do estado nos limites da cidade, onde, para disfarçar a timidez, G. iniciou um périplo explicativo e abusivamente pormenorizado. Tudo o que eu queria era ouvir uma boa história. Um português nos antípodas de Portugal, o mais longe possível, o mais sozinho possível, foge de quê? G. não enganava: baixo, moreno, semicalvo, de idade incerta. As rugas acumulavam-se na testa e desenhavam um mapa erguido sobre melancolias e obsessões sólidas. Mais de vinte anos na Nova Zelândia não tinham chegado para o tornar num homem tranquilo, alegre, easy going – e desse destino é difícil fugir.
A língua-mãe já representava para ele um continente intransponível, de modo que acordámos em conversar em inglês. Fiz-lhe uma pergunta, a pergunta mais óbvia, imediata: como veio parar aqui? G. começou a chorar, todo o corpo chorava e tremia como um animal que acabasse de ser atropelado. Ao contrário do inspector Jaime Ramos, G. não era um exemplo do strong and silent type. Não fazia parte do género de pessoas “que preferem a sombra, as que atravessam a noite pelas estradas secundárias”. Pediu desculpa por estar a chorar; e não se pode ser mais português do que isso. Depois contou como tinha ido de país em país, tentando escapar ao passado, até parar na Nova Zelândia, o único lugar que.
Casou-se e teve filhos. Divorciou-se. A mulher nunca soube daquela história dos tempos da ditadura, envolvendo perseguições políticas, pides e lutas estudantis. O mais estranho era que G. também já não sabia quase nada de si próprio, nem sequer de que lado estava, se dos bons ou dos maus. Pelo menos, foi isso que me garantiu. “I don't remember, I don't remember”, continuava a dizer. Houve um ponto, ninguém sabe exactamente quando, em que G. começou a ser devorado pelo seu segredo, em vez de se alimentar dele para sobreviver.
Despedimo-nos duas horas depois com um cumprimento cordial e um embaraço impossível de disfarçar. Sabia que não nos voltaríamos a ver, que não ia haver convites para jantar em casa – é certo que a gastronomia do país é desgostante – nem passeios de carro pela península de Banks. No regresso, telefonei-lhe do aeroporto de Auckland, ele desejou boa sorte e boa viagem. Recomendou uns comprimidos homeopáticos para o enjoo que não funcionaram. Em Lisboa, dias depois, enviei-lhe dois e-mails a que ele nunca respondeu, como é óbvio. Se vivesse na Nova Zelândia, também eu gostaria que me deixassem em paz.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
ROTAS SUICIDAS

Excepção feita para as catástrofes climáticas e pouco mais, as notícias do lado oposto do mundo não chegam cá facilmente. O inverso também sucede, é claro. O critério da proximidade geográfica, regra básica do ABC do jornalismo, só é superado pelos "factores desgraça, curiosidade ou aberração". Em nenhuma destas categorias se pode incluir a notícia recorrente das baleias que dão à costa da Nova Zelândia, todos os anos. Saiu hoje no Público. Ninguém sabe explicar ao certo por que razão isto se repete. Umas vezes as baleias salvam-se com a ajuda das populações locais e dos turistas bem-intencionados, mas a maioria morre lentamente. Nos últimos dias aconteceu na península de Coromandel, ilha Norte, e também em Farewell Spit, no topo da ilha Sul. Muitas já foram enterradas na praia, seguindo os costumes sagrados dos maoris. Fizeram-se vigílias durante a noite para impedir a presença dos caçadores de troféus e outros abutres. Notícia e video da ONE News aqui.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
BURROS NO TOP

Até ver, é o picture book mais vendido este ano na Nova Zelândia: 77,720 exemplares, segundo o Beattie's Book Blog. Com texto e música de Craig Smith e ilustrações de Katz Cowley, The Wonky Donkey (Scholastic NZ) figura no top ten ao lado dos Dan Browns e das Stephenie Meyers. Chamem-lhe burro.
domingo, 6 de dezembro de 2009
COMBOIO DE LIVROS
Aqui há tempos zanguei-me com uma campanha de promoção da leitura realizada pelo New Zealand Book Council que dissecava a literatura em retalhos power-point. Há quem goste e há quem não goste. É um direito; só quem pensa pela sua cabeça conquista o amor dos livros. Pelas mesmíssimas razões, ainda que nos antípodas, adorei esta campanha com animação em papel recortado, também do NZBC, cujo mote é "Where books come to life". Comovente e muito bem feita, é o mínimo que se pode dizer. Mais informações sobre o autor do texto, o escritor Maurice Gee, podem ser lidas aqui.
(Ah, o link foi enviado por uma colega do curso de Pós-Graduação em Livro Infantil, a designer Helena Gonçalves, com quem o ano passado – lectivo – me cruzei também no blogue quase homónimo.)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
COM A AJUDA DE DEUS E DO GPS
Um neozelandês procurou e encontrou a aliança de casamento no mar, 16 meses depois de a ter perdido. Isto é só um fait-divers, mas tem lá a palavra mágica que fez tremelicar as minhas pestanas míopes e cansadas. Logo hoje que comecei o dia a pensar na Nova Zelândia. Bom, fora hoje, é todos os dias. Deve ser um sinal: mudar de lentes o quanto antes. Via Senhor Palomar.
domingo, 9 de agosto de 2009
DOIS BEST-SELLERS DA NOVA ZELÂNDIA


A Presença vai publicar A Música das Borboletas, o primeiro romance de Rachael King, autora neozelandesa (n. 1970) convertida em best-seller e já traduzida em oito línguas. Acresce dizer que é filha de Michael King, historiador de referência, desaparecido em Março de 2004 num acidente de automóvel. Quem queira ler uma história concisa e fluente da Nova Zelândia, terá de escolher forçosamente a edição de bolso (um bolso largo, é certo) da Penguin Books. A Música das Borboletas, segundo informação da editora, “é uma história de paixão e beleza, brutalidade e morte, entre a recatada alta burguesia eduardiana da viragem do século XX, e a perversão e os perigos ocultos na luxuriante selva amazónica, que rodeiam o próspero negócio de borracha no Brasil”. Assim de repente, não me desperta grande curiosidade. Fico com o pai.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
O CÉU NA NOVA ZELÂNDIA
terça-feira, 9 de junho de 2009
LITERATURA PARA TOTÓS

Há quem diga que eu e a minha obsessão pela Nova Zelândia, e tal, e não sei quê, e isto e aquilo, e coiso, e porquê, e mais não sei das quantas. É tudo verdade. Pois bem, para mostrar que nem tudo o que vem de lá é bom, espreitem esta campanha do New Zealand Book Council, a instituição nacional de promoção da leitura, livros e autores que… enfim, tomáramos nós.
A ideia foi pegar em textos de poesia e prosa de autores neozelandeses e não só – lá estão Edgar Allan Poe, Tolstoi, F. S. Fitzgerald, Oscar Wilde… – e aplicá-los ao ambiente Windows, com muitos gráficos de barras, setas, tópicos alinhados, mapas, calendários e outras aplicações usadas em Power Point. O projecto chama-se Read at Work e, como o nome indica, pretende promover a leitura no escritório. Não percebo como é que alguém pode querer ler um poema de Emily Dickinson como se assistisse à demonstração de um novo produto para limpar casas ou à reformulação do organigrama lá da empresa. Se é só para ter graça, confesso não vislumbrar. Nem se lê, nem se trabalha, é o que eu acho. Mas se alguém estiver cansado e quiser fazer uma pausa Kit Kat, clique aqui para assistir a este admirável mundo novo aplicado à literatura. Eu vou pegar num livro.
terça-feira, 26 de maio de 2009
UMA LIVRARIA NOS ANTÍPODAS

O Beattie’s Book Blog informa que a livraria situada mais ao norte da Nova Zelândia está à venda por 90 mil dólares neozelandeses, cerca de 40 mil euros. Não tem défice acumulado e está solidamente implantada, diz a conversa de vendedor. Mangonui parece o tipo de sítio onde se pode viver alienado das desgraças do mundo para o resto da vida. Lamentavelmente, não tenho jeito para o negócio. Um eufemismo para a verdade óbvia: sempre fui demasiado cobarde para dar o passo incerto.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
JANET E OS POETAS

“Onde estão os poetas?”, perguntava-se Janet Frame nas suas deambulações pelo velho cemitério de Dunedin, cidade da ilha Sul da Nova Zelândia, a favorita dos colonizadores de origem escocesa. Em viagem, gosto sempre de visitar cemitérios, pela mesma razão que gosto de visitar mercados. Na coincidência dos opostos encontra-se muito do que define um lugar que nos é estranho. Via Beattie’s Book Blog, descobri um site excelente com vídeos da NZ, incluindo o trailer de Um Anjo à Minha Mesa e um (raro) documentário com Janet Frame, onde se conta que a mãe vendia poemas de porta em porta nos tempos da Depressão. A escritora tem agora uma nova colectânea de contos – a melhor, segundo o Bookman Beattie:
Prizes: Selected Short Stories is the most comprehensive selection of Janet Frame’s stories ever published, taken from the four different collections released during her lifetime and featuring many of her best stories. Written over four decades, they range from stories from her classic prize-winning collection The Lagoon and Other Stories, first published in 1952, right up to the volume You Are Now Entering the Human Heart, published in the 1980s.
This new selection also includes five works that have not previously been collected.
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