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domingo, 31 de janeiro de 2016
FLORESTAS DE SÍMBOLOS
Também para mim foi surpreendente - e gratificante - encontrar «ecos» do Onde Moram as Casas (ed. Caminho) numa passagem de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Guiada pelo instinto único que existe em cada bicho-leitor, a Andreia Brites detectou-os e explicou porquê no seu blogue. Há pouco tempo, ao ler um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, o «eco» ressoou na direcção de um dos meus livros favoritos de Shaun Tan: A Árvore Vermelha (ed. Kalandraka). A ligação entre o universo opressivo e o alento providenciado por um elemento natural de cor vermelha também se pode ler no poema de Sophia:
Como uma flor vermelha
À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
(Poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen, ed. Assírio& Alvim, 2013)
terça-feira, 10 de novembro de 2015
LUTEMOS CONTRA A BARBÁRIE
Após dez anos de actuação, o Plano Nacional de Leitura chegou ao fim. Era sabido. Na conferência realizada na Gulbenkian não se falou da continuidade de um projecto fundamental para uma geração de leitores, que deixou marcas nos sistemas educativo e editorial - particularmente nestes dois. O que vai acontecer depois? Não sabemos. O país está em stand-by. Andreia Brites, mediadora que desenvolve um trabalho sistemático com leitores, professores, bibliotecas e outras instituições, conhecendo bem os vários nós do problema, reflecte sobre o assunto com a acutilância analítica que lhe é habitual. Esperando que me perdoe a barbaridade, confesso já que lhe roubei o título do post.
«O PNL, seja qual for o balanço que dele se venha a fazer, foi esvaziado com alterações sucessivas das políticas culturais e de educação. Não adianta agora falar de factores externos. Por um lado, o abandono de uma política de promoção da leitura que se desenvolvia em estreita relação com as bibliotecas públicas, por outro as dificuldades burocráticas crescentes impostas aos professores nas hipotéticas saídas da escola, manietaram as bibliotecas públicas, dificultando o seu trabalho junto do público escolar a partir do 5º ano. Ao nível da educação, a queda do PNEP que visava um trabalho mais continuado em sala de aula da leitura recreativa, e a implementação das metas, nomeadamente as que consigo trouxeram um cânone obrigatório, mataram a influência da lista de livros recomendados anualmente pelo PNL.»
Ler o texto completo no blogue O Bicho dos Livros.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
AMORES NA BLOGOSFERA
No Hipopótamos na Lua.
No Deus Me Livro.
(Os deuses e as deusas deste livro agradecem o trabalho dos humanos.)
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
CONTA-ME FÁBULAS
Assinado por Catarina Araújo, Fábulas começou por ser um blogue, mas «rebaptizou-se» recentemente como «revista online de literatura infantil e juvenil», com mais arrumação e mais conteúdos. A designação não é assim tão importante, porque o essencial está lá. Nas categorias «Infantil», «Juvenil» ou «Jovem Adulto», Fábulas continua a sugerir boas pistas de leitura e divulgação do mercado editorial português e estrangeiro. Também no Facebook, com título homónimo.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
NOVO BLOG: FÁBULAS DE LEITURA
Há um novo lugar na blogosfera dedicado aos livros e à leitura, com destaque para a literatura juvenil: chama-se Fábulas de Leitura. Bonito e criterioso nas escolhas. Recomenda-se.
sábado, 12 de outubro de 2013
'IRMÃO LOBO' EM BLUE MOOD
«A história que conta prende-nos a atenção e chocalha-nos a consciência. E a forma como é contada carrega um equilíbrio admirável entre aquilo que são as confusões e o ensimesmamento próprios da juventude e a ausência de paternalismo e discurso pedagógico.» Raquel Patriarca, investigadora na área da literatura para crianças, escreveu sobre o Irmão Lobo no blogue Bankbluebook.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
DEZ MANDAMENTOS DO LIVRO INFANTIL
Parafraseando Tristan Tzara e o seu Manifesto Dada: em princípio sou contra os mandamentos, mas também sou contra os princípios. Via La Double Vie de Veronique.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
ANDEI NO CARROSSEL COM O CRIA CRIA
No Verão passado, o blogue Cria Cria teve a ideia de convidar algumas pessoas do meio editorial a deixarem as suas sugestões lúdicas, literárias, musicais e outras que tais. Faço parte dos reincidentes deste ano. Yoga para crianças, um livro sobre jardinagem e outro sobre "Os Cinco" são três coisas boas que me apraz recomendar. É só clicar para saber mais.
sábado, 25 de maio de 2013
HOJE, LANÇAMENTO NA GALERIA MONUMENTAL
O Irmão Lobo passou pelo programa Liliput, de Sandy Gageiro (Antena 1). Ouvir aqui.
Últimos uivos na blogosfera:
"Não pode ser de leitura obrigatória porque todos sabemos que a obrigação contribui seriamente para matar a leitura. Mas, arrisco dizer, estará no top três dos livros infanto-juvenis de 2013. Irmão Lobo é avassalador na abordagem, na construção das personagens, na progressão narrativa." (O Bicho dos Livros)
"Irmão Lobo não é um livro para crianças, jovens de idade menor nem categoria nenhuma. Irmão Lobo é um livro para nós, maior e imensurável quando a pessoa é singular, reflexo da viagem das vísceras arteriais que ligam sempre, sempre ao coração." (Not quite sun, not quite the moon)
terça-feira, 21 de maio de 2013
CURSO DO CNC EM DIFERIDO
O blog O Bicho dos Livros anda a seguir o curso do Centro Nacional de Cultura ("O Papel Histórico da Literatura Infanto-Juvenil"), orientado pela editora e escritora Rosário Alçada Araújo, e tem deixado extensos posts sobre a matéria dada. Sigamos o Bicho.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
'IRMÃO LOBO' NO CRIA CRIA E NO PALÁCIO DA LUA
“Irmão Lobo” assume a dimensão de dupla viagem iniciática em flashback – a da criança que é obrigada a crescer por força das dificuldades vividas por uma família em violenta desagregação; a da adolescente que se torna adulta ao olhar para a infância. Unindo estas duas numa só voz, surge Malik, o cão-lobo, pelo de neve e olhos claros: a força, sabedoria, lealdade, o mestre, mentor e guia. Aquele que entende e aquele que acredita e que nos faz acreditar que é possível – o nosso Irmão Lobo. (Ler no Cria Cria)
"irmão lobo" é atravessado pelo desencanto e pela tristeza, discretamente reforçados com a ilustração de antónio jorge gonçalves e com a autora a colocar-se ao lado e não acima do seu leitor, sem falinhas mansas nem falsas moralidades.
suponho que os adolescentes agradecem essa franqueza. (Ler no Palácio da Lua)
... e ainda no blogue da Rede de Bibliotecas Escolares e no Bibliotecar (em actualização).
quinta-feira, 2 de maio de 2013
'IRMÃO LOBO' NO HIPOPÓMATOS NA LUA
«Um livro intenso, que nos desassossega e que, à semelhança do que Malik faz com Bolota, nos continua a seguir...». O blogue Hipopómatos na Lua pegou no Irmão Lobo e levou-o para o jardim. Vejam aqui.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
ESPECIAL INFANTIL
«O que é escrever para crianças? É fitá-las nos olhos, falar com elas por escrito, de coração aberto, sem abdicar da inteligência, da experiência, do domínio da palavra.» A escritora Luísa Ducla Soares inaugura o Especial Infantil que, ao longo de Dezembro, trará a público as opiniões de um criterioso lote de apaixonados por esta área. Para acompanhar no blogue Edição Exclusiva.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
UMA EDITORA COM BOM FEITIO
Enquanto não chega o novo livro do Planeta Tangerina, não deixem de ler a entrevista a Isabel Minhós Martins, editora e escritora (ou escritora e editora?) publicada ontem no Blogtailors. Gostei especialmente deste bocadinho: “Já alguma vez lhe apeteceu deixar de falar com um jornalista/crítico na sequência de uma crítica literária?” “Credo, não.” Ler tudo aqui.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
CEREJAS, CASAS E OUTRAS COISAS POSITIVAS

Esta foi a segunda vez que fui à televisão comentar a rubrica “Notícias Positivas”, sete ou oito minutos no início do programa Sociedade Civil. O pretexto foi o lançamento do Onde Moram as Casas, que estará esta semana nas livrarias. Registo o facto de a Fernanda Freitas ter escolhido mostrar a ilustração do camião de mudanças num dia de chuva, a mais melancólica de todas que o Alexandre Esgaio fez (com texto a condizer), e aquela a que ninguém fica insensível. Não sei se as crianças registam o impacto emocional desta experiência da mesma forma que os adultos, mas o livro é para todos. À parte isso, tive o cuidado de não me vestir de preto e de sorrir mais, seguindo os conselhos de algumas almas que zelam por mim. Descontando os “aahh…” e aqueles momentos críticos de hesitação em que nos sentimos vagamente estrábicos, acho que correu bem. A seguir, no debate, falou-se de “barrigas de aluguer”, perdão, “maternidade de substituição”, como prontamente me admoestou um dos convidados, antes de entrar para o estúdio, acusando-me de insultar o género a que pertenço. Longe de mim. As minhas “Notícias Positivas”? Novo site Portugal-Bolonha 2012, blogue do ano para o Almanaque Silva e simpósio sobre os Irmãos Grimm em Lisboa. Obrigada à Angelina Pereira, do blogue Bibliotecar (também ficou bem classificado no ranking do Aventar), que conseguiu sacar esta imagem. Podem ver o resto aqui.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
UMA MULHER DO NORTE
“A galeria portuguesa tem como objetivo dar espaço a profissionais portugueses. A pessoas inspiradas e inspiradoras. Uma galeria que expõe o melhor que se faz por cá nas suas diversas formas de arte.” Não sei quem é o autor – ou autores – deste novo blogue, mas agradeço desde já a referência e, especialmente, a forma como começa o texto: “A Carla é uma mulher do Norte mas vive em Lisboa.” É uma pequena frase que contém um destino, uma crença e a sua contradição. A ser de algum lado, de facto, serei do Norte, onde nasci e vivi até aos onze anos, no eixo Matosinhos-Braga-Monção. Do resto, que veio depois, recordo pouca coisa.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A LEITURA NA IDADE DO ARMÁRIO

«Em suma, o adolescente não fecha a porta para sempre. Precisa de espaço e autonomia, pelo que não o podemos sufocar com a nossa prestável ajuda, como fazemos com as crianças. Temos também de perceber que está a construir o seu mundo a partir de estímulos diversos e simultâneos. Um livro adorado hoje será odiado amanhã, ou talvez não. E muito provavelmente um livro impenetrável hoje será legível amanhã. Para lermos com sucesso, temos de relacionar em permanência o que lemos com o nosso conhecimento prévio. Muitas vezes não damos por isso, mas sempre que lemos estabelecemos ligações. Por isso empatizamos com personagens, situações, descrições, ousentimos tristeza, nostalgia, medo, alegria, solidariedade, revolta. Se o livro estiver noutro hemisfério, para nós totalmente desconhecido, não o conseguimos ler. Pensando nos adolescentes e na instabilidade do seu desenvolvimento, a probabilidade de isto acontecer é muito maior. E é natural que assim seja.
A Promoção faz-se tentando e errando sempre. Muitos frutos não se vêem no imediato, não podemos cair na tentação de verificar se fizemos tudo bem, se o fizermos estamos a controlar a liberdade do outro e deitamos todo o trabalho por terra. Não há fórmulas milagrosas, há caminhos. Alguns não leitores nunca se tornam leitores, e têm esse direito. Muitos tornar-se-ão leitores selectivos, quando chegarem à idade adulta. É um mistério e uma maratona, necessariamente altruísta.»
(Só por falta de tempo é que ainda não tínhamos lido e linkado este excelente texto da Andreia Brites, entusiasta promotora da leitura e blogger do Bicho dos Livros. Ler tudo, mas tudo mesmo, aqui.)
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