domingo, 23 de novembro de 2008

HERÓIS

Não é por acaso que o post anterior está na etiqueta “Heróis”. Manuel João Vieira faz parte desse tipo de pessoas que considero inspiradoras, ao contrário dos cínicos, dos cépticos e dos moralistas. Não é um heroísmo do tipo épico, mas um heroísmo do dia-a-dia que desafia o cinzentismo e o conformismo, essa coisa acabrunhante que é às vezes sentir-se português. Pessoas desalinhadas, espíritos livres, originais, desprendidos, com tendência para o excessivo – gosto disso. Manuel João Vieira, mas também J.P. Simões, Manuel António Pina, Alberto Pimenta, Herberto Helder. E ainda Mário Viegas, Natália Correia, Agostinho da Silva, António Variações, Luiz Pacheco, Mário Cesariny, Al Berto, Alexandre O’Neill…

Não importam as discórdias entre eles. Não importa concordarmos sempre com o que dizem ou disseram. Fazem falta, é tudo. E desaparecem. Estão sempre a desaparecer-nos.

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