sexta-feira, 21 de novembro de 2008

RED, HOT AND BLUE


As pohutukahas são também conhecidas, em Portugal e nos seus antípodas, como a “Árvore-de-Natal-da-Nova-Zelândia” (New Zealand Christmas Tree). A explicação está na cor, a lembrar o vermelho do azevinho, razão por que os primeiros colonizadores europeus a elegeram como árvore simbólica da época natalícia. A diferença é que, lá, o Natal é também sinónimo de praia e t-shirts – e diz a tradição que quanto mais intensas na cor e exuberantes forem as flores, melhor vai ser o Verão nesse ano. Por cá, as pohutukahas (palavra que significa “salpicada pelo mar”, em maori) dão pelo nome de metrosíderos. Florescem no nosso Verão e encontram-se facilmente nos jardins botânicos e costeiros. Podem chegar aos vinte metros de altura ou mais. É uma árvore conhecida pela resistência da madeira (do grego síderos, ferro) e pela resiliência aos climas agrestes marítimos. Toda a zona da Foz do Porto até ao Castelo do Queijo está plantada com dezenas de metrosíderos de porte médio; o maior exemplar centenário que me lembro de ver encontra-se na Madeira, Funchal, na Estalagem Casa Velha do Palheiro. Os jardins do início do século XIX são magníficos e não é preciso estar lá hospedado para os conhecer.

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