quinta-feira, 11 de março de 2010

A CULPA FOI DO ARGANAZ


Isto só podia mesmo ter acontecido com este trabalho. O País das Maravilhas está cheio de criaturas – algumas delas deveras irritantes – que gostam de nos trocar as voltas, ou trocar as voltas ao texto. Vai daí, subtraíram uma caixa às páginas referidas no post abaixo, e que falava exactamente do audiolivro recém-publicado pela 101 Noites. Sairá numa próxima edição da Notícias Magazine, com um pedido de desculpas aos leitores, mas bastante cortado, por razões de espaço. Não é a mesma coisa, mas aqui fica o texto completo, com as minhas desculpas (especialmente dirigidas à Mafalda Lopes da Costa e à Sandra Silva, da 101 Noites) em nome dos poltergeists que às vezes actuam nas páginas dos jornais e revistas, por muita cautela que se tenha. Entretanto, vale a pena lembrar que a apresentação de Alice no País das Maravilhas acontece amanhã, sexta-feira, no Magnólia Café da Avenida de Roma, em Lisboa. Quem levar uma chávena de chá e um chapéu divertido habilita-se a ganhar um bilhete para o filme e um audiolivro. O “Chá Maluco” tem hora marcada para as 19h00. E agora, a caixa transviada:

De ouvido colado ao País das Maravilhas
Destinada a adultos e crianças, a primeira aventura de Alice já pode ser ouvida em português no formato de audiolivro.

A editora 101 Noites tem apostado num produto do mercado livreiro ainda relativamente novo em Portugal: o audiolivro. Iniciada em 2007, a colecção «Livros para ouvir» integra contos de Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco e Fernando Pessoa, entre outros, lidos por actores tão conhecidos como Alexandra Lencastre ou Eunice Muñoz. Com Alice no País das Maravilhas, a 101 Noites envereda por outro género literário que não o conto, dividindo a novela de Lewis Carroll em dois CD áudio com narração da jornalista Mafalda Lopes da Costa, uma voz que muitos identificarão com os microfones da TSF. «O meu trabalho foi pegar no texto original e pô-lo em português, o que colocou problemas, porque há muitos jogos de palavras que partem de uma base fonética e se perdem na tradução. Ainda por cima, não se podem explicar em rodapé», declarou à nm. Depois, houve que fazer a adaptação do texto ao registo de audiolivro, sem preocupações de dramatização, apenas com a necessária expressividade a uma leitura em voz alta destinada a crianças e adultos. Optou-se por cortar «algumas especificidades que não prejudicam a narrativa», caso de algumas partes da Quadrilha da Lagosta ou do jogo de cróquete, o que representa não mais do que 15 minutos no tempo total dos dois CD (1h47 minutos). Os leitores que adquiram o audiolivro, à venda nas livrarias a partir de Março, podem aceder com uma password à versão integral do texto através do site das 101 Noites, onde está também disponível para audição um excerto da obra.”

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