sexta-feira, 5 de setembro de 2014

ZEN E A ARTE DO TIRO COM ARCO


«O ser humano é uma criatura pensante, mas as suas grandes obras realizam-se quando ele não pensa nem calcula. Após longos anos de treino na arte do esquecimento-de-si, o objectivo é o de recuperar o "estádio de infância". Uma vez atingido, a pessoa pensa, embora não pensando. Pensa como a chuva que cai do céu; pensa como as vagas que se levantam do mar; pensa como as estrelas que iluminam o céu nocturno; como a folhagem verde que rebenta sob a doçura da aragem primaveril. Na verdade, ele próprio é a chuva, o mar, as estrelas, o verde.»

[O post anterior remete, obviamente, para o clássico de Eugen Herrigel (Alemanha, 1884-1995), Zen e a Arte do Tiro com Arco, que li pela primeira vez há uns dez ou quinze anos (não percebi nada). Apesar da controvérsia que rodeia o autor, acusado de fortes ligações ao nazismo, é um livro que permanece «fora do tempo» e actualizável por quem o lê; essa é uma das marcas dos «clássicos». Esta edição é da Cotovia, porque não encontrei na net uma imagem da capa da Assírio & Alvim, mas ambas têm a tradução de Patrícia Lara.]

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