quinta-feira, 2 de abril de 2015

AOS AMORES


Foi mais ou menos há um ano. Tinha voltado a um dos meus livros de cabeceira, As Deusas em Cada Mulher, de Jean Shinoda Bolen, um clássico da psicologia junguiana, quando a ideia surgiu com aquela inquietação feliz que logo se transmite à circulação sanguínea e levanta uma revoada de imagens e palavras à nossa volta. Gosto quando as ideias se fazem acompanhar de alegria, é bom presságio. Então, seria mais ou menos assim: fazer um livro (um álbum ou picture book) sobre famílias de todo o mundo, das tradicionais às recompostas, das monoparentais às adoptivas, sem excluir famílias com pais do mesmo sexo, e tudo isto à luz dos arquétipos mitológicos greco-latinos. Não é propriamente uma novidade, no que ao tema familiar diz respeito; e, contudo, não se parece com nenhum outro livro que tenha escrito antes. Interessa-me correr riscos, provocar desvios, cruzar linguagens. Amores de Família é literário e jornalístico ao mesmo tempo, com a ilustradora Marta Monteiro e eu feitas globe-trotters, num périplo que não se esgota naquelas 32 páginas. Poderá haver um Amores de Família II e um Amores de Família III, tantas são as formas possíveis de nos sentirmos em casa: amados, compreendidos e respeitados pelo que somos. Ao longo das últimas semanas, fui falando do livro aqui no Jardim Assombrado. Faltava mostrar a capa. A edição é da Caminho. E já falta pouco para chegar às livrarias. 

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