sábado, 14 de novembro de 2015

E AÍ, MEU IRMÃO, CADÊ VOCÊ?


Ainda não tenho em mãos a edição brasileira do Irmão Lobo, recém-publicado pela Editora Rovelle (Rio de Janeiro), mas pude acompanhar parte do processo. O texto «sofreu» uma adaptação ao português do Brasil, com alterações morfosintáticas e mudanças de vocabulário que dão outro ritmo e outra graça à leitura. Tudo feito com o maior cuidado pela equipa da Rovelle, em colaboração com o Planeta Tangerina e moi-même. Não foi só a substituição óbvia do «tu» por «você» ou o «pai» que passou a «papai». Houve que suprimir, por exemplo, a referência ao menu Família Feliz, que não existe nos restaurantes chineses do Brasil; por outro lado, em vez de dizer «aquela coisa que parecia areia e entrava nos dentes», só foi preciso escrever uma palavra familiar a qualquer brasileiro: «farofa». Mudámos expressões como «pior do que estragado», «patos-bravos» e «homem-mocho» - respectivamente, para «puto da vida», «vândalos» e «homem-urubu». Aprendi expressões muito curiosas: «morcegando» é sinónimo de «andar a pastar» (na cena da mudança de casa) e «estamos ferrados!» quer dizer «estamos tramados!» (quando Bolota e Alce Negro são roubados). Não sei como se diz por lá, mas acho que está uma edição com muita pinta! 

1 comentário:

Luís Humberto Teixeira disse...

Tá massa! (http://www.dicionarioinformal.com.br/t%C3%A1%20massa/)