«Um amigo é como aquela árvore: vive da sua inutilidade. A nossa espiritualidade tem também de ser inútil, para ser mais do que um momento, mais do que uma necessidade, para persistir, para acolher a dança do eterno. Não é raro que a necessidade envenene a nossa relação com Deus. Ora, o amigo não é o necessário: é o eleito, o gratuito. Com razão dizemos: "Um amigo é o irmão que escolhemos." Eu escolho, eu sinto-me escolhido: trânsito do gratuito sem porquês.»
(José Tolentino Mendonça, Nenhum Caminho será Longo - Para uma teologia da amizade, ed. Paulinas, 2012.)
Sem comentários:
Enviar um comentário