sábado, 28 de janeiro de 2017

HERMANO LOBO DISTINGUIDO PELA FUNDACIÓN CUATROGATOS


Começar o dia com esta notícia que me faz sentir muito grata: a prestigiada Fundación Cuatrogatos, sediada em Miami, EUA, incluiu a edição em espanhol do Irmão Lobo na sua selecção dos melhores livros de ficção para crianças e jovens publicados no mercado iberoamericano, nos últimos dois anos. São 20 livros «altamente recomendados pelos seus valores literários e plásticos», de todos os géneros e para vários tipos de leitor, e que este ano integraram os catálogos de editoras sediadas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha e México. Desta lista constam também os 90 livros finalistas; entre os quais um dos meus álbuns favoritos, A Contradição Humana, de Afonso Cruz. Não nos iludamos, porém. Pelo menos no que ao mercado português diz respeito, estas distinções prestigiam autores, tradutores e editoras, mas não fazem vender mais livros... directamente. Mas essa é outra conversa.

Agrada-me muito que Hermano Lobo tenha sido classificado na categoria «Para os que se atrevem com livros desafiadores». Ou seja: «livros para leitores valentes, que não se deixam intimidar pela complexidade das obras ou pela sua extensão. Propostas que exigem um maior compromisso do leitor na sua condição de co-criador do texto literário». Foi assim que a equipa de seleccionadores da Fundación Cuatrogatos descreveu o livro:

«Através de dois planos narrativos, que se alternam em páginas de branco e azul, este romance de grande profundidade psicológica e agilidade expositiva retrata a vida de uma família disfuncional, através de um puzzle de memórias evocadas pela sua jovem protagonista. Com a sua precária estabilidade física e emocional, Bolota, Alce Negro, Blanche, Fóssil e Miss Kitty são personagens poliédricos, de grande verosimilhança e humanismo, chamados a enfrentar situações complexas. Obra comovedora, que explora com subtileza as paisagens humanas e nos fala, com extraordinária sinceridade e acutilância, de desmembramentos, sobrevivência, redenção e amor.»

Com ilustrações de António Jorge Gonçalves e edição portuguesa do Planeta Tangerina, Hermano Lobo foi traduzido por Jerónimo Pizarro e publicado inicialmente na Colômbia (Taller de Edición Rocca, 2014), seguindo-se a edição no México pela El Naranjo, em 2015, com distribuição extensiva à Argentina, Chile, Perú, Uruguai e Guatemala. No Brasil, foi publicado pela Rovelle, depois de uma cuidadosa adaptação ao português do Brasil. Na Europa, depois da Alemanha e Sérvia, a próxima tradução será em italiano e acho que se vai chamar Lupo Sorello.

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