sábado, 26 de junho de 2010

VENCEDOR DO PRÉMIO KATE GREENAWAY 2010, 2


Regressando ao post anterior, é preciso dizer que Samuel e Saltitão (Caminho) é um livro a todos os títulos memorável. Não só pelas suas extraordinárias ilustrações a aguarela, guache e carvão, que deram a Freya Blackwood a prestigiada Kate Greenaway Medal, atribuída anualmente no Reino Unido desde 1956; como pelo texto de Margaret Wild, autora de origem sul-africana também amplamente premiada. É raro um livro para crianças conseguir tratar com tanta “magia” (costumo inibir-me de usar esta palavra, mas não desta vez) o tema da morte e do luto – neste caso, de um animal – sem lhe subtrair um pingo de honestidade. Samuel e Saltitão consegue-o, sem lamechices, mas com toda a comoção possível (mal vai quem não se emocionar com este livro...). Curiosamente, Freya Blackwood já tinha ilustrado uma narrativa de teor semelhante, em que a perda de um elemento da família e a relação entre pai e filha foram brilhantemente interpretados por Roddy Doyle. Sobre Her Mother’s Face, ler aqui o post publicado no Jardim Assombrado/LER.

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