terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ACHIMPA VENCE PRÉMIO SPA



Achimpa, com texto e ilustrações de Catarina Sobral, ganhou (e muito bem) o Prémio SPA da categoria de Melhor Livro Infantil. Pequeno Livro das Coisas, de João Pedro Mésseder e Rachel Caiano, também seria um digno vencedor. Das três nomeações, só não entendo muito bem o caso de Os Ciganos, livro começado por Sophia de Mello Breyner Andresen e continuado - em 2012 - pelo seu neto, Pedro Sousa Tavares. Não está em causa o valor da obra, mas sim a delicadeza de um caso sui generis no que toca à atribuição da autoria. Sophia ou Pedro? Pedro ou Sophia? Não vale a pena complicar. Há muitos livros bons à espera de reconhecimento.

3 comentários:

Paulo Rebelo Gonçalves disse...

Olá, Carla! "Os Ciganos" não tem qualidade que justifique a nomeação?

Carla Maia de Almeida disse...

Olá, Paulo. Não é uma questão de qualidade, mas de critério. "Não está em causa o valor da obra", é o que eu digo no post. O livro teve destaque na terceira página da minha secção da LER, o que não aconteceria se não tivesse qualidade... Claro que tem, e muita! Simplesmente, é um livro peculiar em termos de atribuição de autoria, já que o texto é dividido entre dois autores... Já para não falar no caso da ilustração. A Danuta também é autora e o papel dela não é menor. Será por acaso que, tanto este ano como o ano passado, a SPA premiou livros em que o escritor e ilustrador são só um? Afonso Cruz e "A Contradição Humana", em 2011, e agora o "Achimpa". Sempre defendi que este prémio também deveria contemplar o ilustrador, se o houver. No caso de "Os Ciganos", a autoria é difícil de apurar - sem que isto seja um defeito, claro. O livro é asim. Mas, a meu ver, não deve entrar nesta corrida...

Paulo Rebelo Gonçalves disse...

:)
Carla, obrigado pela atenção da tua resposta.
Eu fiquei muito contente com a nomeação do livro, mesmo desconhecendo os critérios. Não tanto pelo prémio em si, sem desrespeito pela SPA e pela iniciativa, mas sim por ser um livro que considero especial. Um livro que começou a ser escrito há décadas pela mão de uma avó e que foi concluído em 2012 pela mão de um dos seus netos, com o contributo de uma talentosa ilustradora. Por isso, os três estavam nomeados. Sim, os três - a Danuta estava sentada ao meu lado, na fila K do grande auditório do CCB, na noite da passada segunda-feira.
Sim, ficaria muito contente se o livro tivesse recebido o prémio. Pelas razões óbvias, profissionais e pessoais. Mas digo-te que o prémio ficou bem entregue.
"Os Ciganos" vão continuar por aí, agora numa nova edição, a chamar leitores ao som da música que levou o Ruy a saltar o muro em busca da liberdade.
Beijo!