Quem se expõe, arrisca-se a ser mal interpretado – ou a explicar-se mal, ou as duas coisas juntas, a mais das vezes. Para o que conta, os resultados são idênticos. Não estou aqui para ofender nem magoar ninguém e, sem querer entrar no discurso bacoco do «quem me conhece sabe que…», limito-me a reconhecer que não escolhi bem as palavras finais do post anterior. É claro que «há muitos livros bons à espera de reconhecimento», mas parece-me evidente que o júri dos prémios SPA/RTP tem elegido obras de qualidade insuspeita. Por outro lado, foi visível o esforço para afinar os critérios, passando os ilustradores também a ser nomeados, desde 2012. Mantenho que Os Ciganos, um livro com três autores (Sophia de Mello Breyner Andresen, Pedro Sousa Tavares e Danuta Wojciechowska), seja um caso sui generis de concepção de uma obra, revertendo essa originalidade em seu favor, na minha opinião. Considerar que tal possa ser obstáculo à nomeação para um prémio foi, muito provavelmente, um especiosismo da minha parte, mas sem qualquer motivação insidiosa.
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